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Conta de água ficará mais cara no DF a partir desta quarta-feira

Aumento de 7,98% é o segundo somente em 2016. Segundo a Agência Reguladora de Águas (Adasa), reajuste está previsto em contrato e ajudará as finanças da Caesb

atualizado

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O mês de junho começa com despesa extra. A conta de água do brasiliense ficará mais cara a partir desta quarta-feira (1º/6). O reajuste será de 7,98%. É o segundo aumento somente este ano. Em janeiro, a tarifa já havia sido acrescida em 2,67%. Em janeiro de 2015, a Adasa havia anunciado um reajuste de 16,2%, na conta de água e esgoto. Os três aumentos em pouco mais de um ano somam quase 26,85 %.

O coordenador de estudos econômicos da Adasa, Cássio Cossenzo, explica que a revisão periódica das tarifas está prevista em lei e ocorre a cada quatro anos, como uma forma de atualizar o valor cobrado. “A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) apresentou todos os custos e a gente verificou o que era ou não eficiente para chegar ao reajuste. De acordo com a concessionária, se considerássemos todos os custos, o aumento seria bem maior”, reconheceu.

O reajuste em forma de revisão periódica está previsto no contrato de concessão. Cássio Cossenzo ressalta que nos anos em que essa alteração é feita não há o reajuste anual de praxe. “Os reajustes só ocorrem nos três anos intermediários à revisão”, afirmou.

Entretanto, em janeiro deste ano, entrou em vigor o reajuste de 2,67% na tarifa de água. Foi a primeira vez na história da companhia que um reajuste extraordinário foi concedido. A justificativa da Caesb foi que os frequentes aumentos na conta de energia atingiram em cheio os custos operacionais de abastecimento e distribuição de água, afetando o equilíbrio financeiro da empresa.

Ainda é pouco
Se dependesse da Caesb, empresa responsável pelo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto no DF, o aumento seria bem maior. Só para compensar o pagamento de uma gratificação a seus servidores, a companhia alega que precisaria reajustar as tarifas em 9%.

O desembolso com a Gratificação de Titulação (quando o funcionário faz cursos de especialização ou conclui uma graduação, pós, doutorado ou mestrado), determinado pela Justiça, teve impacto de R$ 105,9 milhões nas contas da estatal do Governo do DF em 2013.

Mesmo reconhecendo a necessidade de um aumento, a Adasa chama a atenção para dois problemas na Caesb, que estão comprometendo o equilíbrio financeiro da empresa. Com isso, o consumidor acaba pagando a conta.

De acordo com a agência, a estatal brasiliense registrou um aumento de custos significativo nos últimos anos, passando de R$ 570,6 milhões, em 2008, para R$ 1 biilhão em 2013.

Porém, as operações não acompanharam o mesmo ritmo. Segundo a Adasa, enquanto outras empresas do país registraram um crescimento do volume faturado de abastecimento de água e esgotamento sanitário de 21% no período, o da Caesb ficou em apenas 14%.

 

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