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Confira dicas para apostar em criptomoedas na crise sem cair em golpes

Começar aos poucos e estudar o mercado são pontos essenciais para investir em um ativo que cada vez se torna mais “real”

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Evento gratuito descomplica as criptomoedas
1 de 1 Evento gratuito descomplica as criptomoedas - Foto: Executium/Unsplash

O número de investidores brasileiros em criptomoedas aumentou mais de seis vezes, de 94 mil para 617 mil, entre dezembro de 2019 e abril de 2020. A informação, divulgada pelo subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Jonathan de Oliveira, em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, é um exemplo de que o investimento parece ser mais do que uma febre.

O ativo funciona como um programa de computador, um software instalado em milhares de máquinas ao redor do mundo. Segundo Daniel Coquieri, CEO da plataforma Liqi, criptomoedas foram criadas para serem uma réplica do dinheiro real, mas em um mundo digital e com algumas vantagens. A principal é a descentralização.

“É uma moeda que não é controlada por nenhum governo, por nenhuma empresa. Evita-se, assim, problemas que a maioria das moedas no mundo têm. Elas sofrem desvalorização ou não de acordo com as decisões dos governos que as controlam ou da economia do mundo”, explica Coquieri. “Ela está fora desse controle de algum governo, país ou banco central, o que gera mais independência para a moeda.”

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Criptomoedas iniciam semana em território negativo

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Com essa descentralização, no entanto, surgem problemas. Um dos principais é a volatilidade. Daniel Cavagnari, coordenador do curso de gestão financeira do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que, como o valor do ativo varia conforme a demanda de mercado, “agora, a criptomoeda pode valer R$ 300 mil, mas, daqui a meia hora, o valor pode ser de R$ 250 mil”.

A dica para quem quer investir no atual período de crise, de acordo com Coquieri, é ir aos poucos.

“O investidor precisa se expor com um dinheiro que ele, de fato, não precise, porque é um investimento de risco”, explica. “Você pode comprar R$ 25 de bitcoin para ir aprendendo sem fazer nenhum loucura com o seu patrimônio.”

A instrução também vale para evitar golpes. Coquieri indica que não se deve confiar em quem promete que você poderá garantir um sustento apenas com base em criptomoedas. É preciso ter consciência de que o mercado é extremamente volátil e pode ser necessário retirar o dinheiro em um momento de desvalorização para pagar uma conta, por exemplo.

Cavagnari aponta outra dica: acompanhe o mercado. Para investir em criptomoedas, não é necessário um intermediário. Então, ler e seguir o que acontece é essencial para não depender da sorte. “Leia instituições confiáveis, fique em cima do que está acontecendo no dia a dia e reaja a tempo. Não brinque de roleta-russa”, diz Cavagnari.

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