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Com crise, Natal de 2015 será das lembrancinhas

De acordo com estimativa de vendas para a melhor data do comércio, pesquisa aponta uma queda de 7,28% nas vendas em relação ao ano anterior

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Shoppings estão investindo pesado em campanhas natalinas – Alameda Shopping em Taguatinga – Brasília, DF – 27/10/2015
1 de 1 Shoppings estão investindo pesado em campanhas natalinas – Alameda Shopping em Taguatinga – Brasília, DF – 27/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Apesar da crise, a maioria dos brasilienses está disposta a comprar presentes para comemorar o Natal, nem que seja uma lembrancinha. É o que mostra pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio. De acordo com o estudo, 69,7% dos entrevistados têm a intenção de comprar produtos para a data; 22,9% não têm e 7,5% ainda não sabem se gastarão com presentes. Já os empresários prevêem uma queda de 7,28% nas vendas.

Entre os consumidores que não vão presentear, o principal motivo é a “dificuldade financeira”. Porém, chama a atenção a elevação no número de pessoas que justificaram que não irão comprar devido ao desemprego, subindo de 1,6%, em 2014, para 32,6% das respostas em 2015.

O gasto médio estimado com presentes e/ou confraternizações pretendidos pelos consumidores, que declararam intenção de compras, é de R$ 425,41. A maioria pretende pagar com dinheiro (60,3%); seguido por cartão de crédito (50,5%), cartão de débito (33,9%), e cheque pré-datado (0,4%). As promoções e a qualidade do produto são os atrativos de maior poder sobre os consumidores.

“Mesmo com essa crise toda, a gente não vai deixar de dar presente. Vale até a lembrancinha. O que importa é as pessoas se sentirem lembradas”, confirma a servidora pública Elizabeth Gomes, 48 anos.

Vestuário lidera
A maioria dos consumidores que irão às compras pretende gastar com vestuário (60,0%); calçados (37,9%); perfume (27,9%); eletroeletrônicos (21,1%); brinquedos (18,9%); bolsa (13,2%); relógio/óculos (11,4%); livro (11,4%); artigos esportivos (4,3%); chocolates (2,1%); flores/cesta (1,4%); bicicleta (0,4%); e jogos de vídeo game (0,4%).

Já 89,4% pretendem comemorar o Natal. Quanto ao local escolhido para a celebração, a casa dos pais foi a opção mais votada (32,5%); seguida pela festa na própria residência (28,9%); na casa de parentes (26,7%); na casa de amigos (9%); e na igreja (2,9%).

Brasília(DF), 27/10/2015 - Shoppings estão investindo pesado em campanhas natalinas - Alameda Shopping em Taguatinga Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

 

Outro lado
Já entre os comerciantes, a expectativa não é boa. A maioria dos empresários dos setores de comércio e serviços do Distrito Federal acredita que venderá menos no Natal deste ano quando comparado ao resultado do ano passado. A pesquisa mostra que 54,6% dos comerciantes apostam que em dezembro deste ano os negócios serão menores do que em 2014, enquanto 22% esperam vendas iguais e 23,3% acreditam em vendas maiores.

De acordo com a estimativa de vendas para o Natal, melhor data para o comércio, o índice aponta uma queda de 7,28% em relação ao ano anterior. Para realizar esta pesquisa, o Instituto Fecomércio pesquisou 12 segmentos entre lojas de ruas e de shoppings, totalizando 313 empresas consultadas.

Por segmento, o único otimista foi o de perfumaria (1,93%). Os segmentos que esperam queda nas vendas em relação a 2014 são: vestuário (-12,94%); chocolataria (-11,83%); móveis/decorações (-10,50%); calçados (-8,86%); livraria (-8,20%); eletroeletrônico (-8,00%); supermercados/hipermercados (-7,74%); lojas de brinquedos (-7,17%); loja de departamento (-6,11%); material esportivo (-4,60%) e bares/restaurantes (-4,10).

Ampliando a análise, o Natal deste ano deve movimentar R$ 31,76 bilhões e gerar 138,6 mil vagas temporárias em todo o País. Porém, a expectativa de vendas no Brasil, em 2015, é de um declínio de 4,8%, primeira queda em 11 anos. De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, esse cenário demonstra as grandes dificuldades enfrentadas pelos empresários ao longo do ano.

O Natal é a principal data comemorativa para o comércio. Esses dados mostram que os comerciantes venderão, mas serão vendas menores do que nos anos anteriores. “Isso porque os juros ao consumidor estão em níveis recordes, o crédito está contido e a inflação continua crescendo.

Adelmir Santana

Além disso, ele aponta que os brasilienses deverão usar boa parte do 13º salário para pagar dívidas e ajustar as contas, em vez de gastar com presentes. Com informações da Fecomércio

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