BRB: lucro líquido chega a R$ 282,8 milhões em 2019
Número engloba período entre janeiro e setembro. Segundo balanço do banco, a evolução foi de 50% em relação ao mesmo período do ano passado
atualizado
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O Banco de Brasília (BRB) alcançou lucro líquido recorrente de R$ 121,9 milhões no terceiro trimestre de 2019. O número representa crescimento de 129,3% em relação ao mesmo período de 2018. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio foi de 21,8%. No período de nove meses, o lucro líquido atingiu R$ 282,8 milhões, evolução de 50% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O crescimento no lucro líquido recorrente foi gerado pelo aumento da margem financeira, avanço das receitas com tarifas e prestação de serviços, redução das despesas com devedores duvidosos e controle de gastos das despesas com pessoal e administrativas.
A carteira de crédito ampla chegou a R$ 10,1 bilhões e apresentou crescimento de 12,4% em 12 meses e de 5,9% no trimestre. O principal destaque foi o crédito consignado, cujo saldo alcançou R$ 5,6 bilhões com evolução de 17,8% em 12 meses e de 7,6% no trimestre.
Nos nove meses de 2019, foram contratados cerca de R$ 6 bilhões em operações de crédito. Ou seja, um crescimento de 127,6% comparado ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre de 2019, o montante contratado foi de R$ 2,3 bilhões — avanço de 45,3% se comparado com o terceiro trimestre de 2018.
Segundo o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, “os resultados alcançados nos nove meses de 2019 refletem um novo posicionamento estratégico do BRB, mais competitivo, digital e focado em aprofundar o relacionamento com seus clientes pessoa física e jurídica”. “O Banco está ao lado do setor produtivo, oferecendo opções de financiamento atrativas, e do brasiliense, ajudando na realização dos seus objetivos”, disse Paulo Henrique Costa.
O papel da instituição no dia a dia do Distrito Federal em 2019 também foi destacado por Paulo Henrique Costa (na imagem em destaque). Um exemplo: a marca estampa mais de 200 mil cartões na cidade. Segundo ele, o BRB gerou um impacto de R$ 7 bilhões na economia do DF.
Também repassou ao GDF R$ 100 milhões, via financiamento, para obras e serviços públicos. O presidente adianta a ajuda financeira que será investida na reforma do Teatro Nacional, além do patrocínio à Orquestra Sinfônica. Os valores para essas ações não foram detalhadas na coletiva dada na manhã desta sexta-feira (08/11/2019).
Despesas
As despesas com provisão para devedores duvidosos foram de R$ 20,8 milhões no terceiro trimestre e R$ 81,8 milhões no período de nove meses. São quedas de 72,6% e 52% em relação aos mesmos períodos do ano de 2018. A redução na despesa decorreu, substancialmente, da recuperação de créditos inadimplentes e da melhoria da qualidade da carteira de crédito.
A inadimplência encerrou o terceiro trimestre de 2019 em 2%, estável em relação a junho de 2019 e queda de 0,2 p.p. em relação a setembro 2018, e permanece abaixo da média de mercado, de 3,1%. Os ratings de menor risco, de AA-C, aumentaram a sua participação na carteira para 94,5% em setembro 2019.
As receitas com prestação de serviços e tarifas alcançaram R$ 104,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 7,5% ante o mesmo período de 2018 e de 7,8% no trimestre. Nos nove meses de 2019, essas receitas chegaram a R$ 291,6 milhões e evolução de 5,5%, quando comparadas aos nove meses de 2018.
Merecem destaque as receitas com corretagem de seguros e intercâmbio, que cresceram, respectivamente, 19,6% e 7,2%, em relação ao terceiro trimestre de 2018. Na comparação com os noves meses, o incremento foi de, respectivamente, 21,2% e 1,6%. Só a seguradora do BRB cresceu 44%.
Controle de despesas
O controle das despesas destacou-se na evolução do lucro líquido recorrente do BRB. Os gastos com pessoal tiveram crescimento de 3,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018, e de 3,7% na comparação dos nove meses, começando a refletir os efeitos do PDVI.
As outras despesas administrativas apresentaram crescimento de 2,4% no terceiro trimestre de 2019, quando comparadas ao terceiro trimestre de 2018, e queda de 2,8% nos nove meses de 2019, ante o mesmo período do ano passado.
O BRB encerrou setembro de 2019 com índice de Basileia de 15,5%, dos quais 13,6% no capital nível I e 1,9% no capital nível II, acima do nível regulatório de 10,5%. Em setembro de 2019, o BRB possuía um total de 631 mil clientes, crescimento de 1,8% em 12 meses. Os clientes pessoa física representam um total 605 mil, aumento de 1,9% no período. Já os clientes pessoa jurídica são 26 mil, mantendo-se estáveis em relação aos últimos 12 meses. (Com informações do BRB)