Brasiliense pagará mais por iluminação pública. Alta supera inflação
DF conta com 287.948 postes. Mesmo os moradores que não têm iluminação pública de qualidade pagam pelo serviço. Só os isentos escapam
atualizado
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O ano não começou bem para o bolso do brasiliense. Depois do aumento de até 25% no preço das passagens de ônibus e metrô, o Governo do DF divulgou a tabela com os novos valores da Contribuição de Iluminação Pública (CIP). O reajuste médio é de 7,39%. A alta supera a inflação registrada no Distrito Federal em 2016, que foi de 5,62%.
A taxa incide todos os meses na conta de energia e varia de acordo com a faixa de consumo e do tipo de consumidor (residencial, comercial, industrial, poder público). Os novos valores foram publicados na edição desta quinta-feira (12/1) no Diário Oficial do DF.
Consumidores que gastam entre 0 e 80 quilowatts-hora (kWh) por mês em suas residências, estão isentos na CIP. Na faixa de 81 a 100 kWh, a cobrança mensal subiu de R$ 2,62 para R$ 2,81 ao mês ou 7,25%.
A cobrança também atinge empresas, comércios e prédios públicos, que não têm isenção. A zona de menor consumo, entre 0 e 30 kWh, passa de R$ 2,19 para R$ 2,35 mensais. Na outra ponta da tabela, prédios com consumo superior a 10 mil kWh pagavam R$ 654,27 em 2016, contra os R$ 702,62 atuais. O número representa 7,38% de aumento.
A CIP foi criada com a finalidade de financiar o serviço de iluminação pública, sendo inserida na Constituição Federal pela Emenda Constitucional 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o artigo 149-A ao texto da Carta Magna.
Qualidade
Mesmo os moradores que não têm iluminação pública de qualidade pagam pelo serviço, desde que estejam fora da zona de isenção.
Em 2015, o governo arrecadou R$ 182 milhões com a taxa de Contribuição de Iluminação Pública e gastou R$ 149 milhões com energia elétrica. Os dados do ano passado ainda não foram disponibilizados. O DF conta com 287.948 postes.
Apesar de cobrar a taxa, o Palácio do Buriti alega que não tem recursos para investir no setor. Por isso, a iluminação pública está entre as áreas do governo que serão entregues à gestão privada.