Brasília teve a menor inflação do país em maio
Mesmo assim, essa foi a maior taxa para o mês desde 2016, quando foi registrado 0,45%, informa o IBGE
atualizado
Compartilhar notícia
A capital do país registrou inflação de 0,27% em maio, alcançando pelo segundo mês consecutivo a menor taxa entre as 16 regiões e municípios pesquisados. Mesmo assim, essa foi a maior taxa para o mês de maio desde 2016 na cidade, quando foi registrado 0,45%.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (9/6).
Na variação acumulada no ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Brasília, que regula a inflação na cidade, está em 3,01%, e na variação acumulada em 12 meses, 7,44%. Esses dois últimos índices estão abaixo das respectivas médias no país, que são 3,22% e 8,06%
Grupos de produtos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Brasília, sete apresentaram altas em maio.
Saúde e cuidados pessoais lideram o grupo com maior impacto positivo no cálculo do índice geral, com alta de 0,87%. Destaques também para altas nos preços de produtos farmacêuticos (1,58%), como hormonal (5,09%), anti–infeccioso e antibiótico (3,84%) e anti-inflamatório e antirreumático (3,68%); e de produtos de higiene pessoal (0,86%).
O grupo alimentação e bebidas registrou deflação (-0,30%) e teve o maior impacto negativo (-0,05 ponto percentual) no índice de maio.
Em nível nacional, o IPCA ficou em 0,83%, ou seja, 0,52 ponto percentual acima da taxa de abril, que registrou alta de 0,31%. Esse é o maior resultado para um mês de maio desde 1996, quando a inflação foi de 1,22%.
Mercado financeiro
Com o aumento da inflação, o mercado financeiro segue prevendo a alta da taxa Selic, que regula os juros no país, em 5,75% ao ano no fim de 2021. Na próxima quarta-feira (16/6), o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará a decisão sobre isso.
“O IPCA veio muito alto. Nesse patamar vai começar a bater nos juros mais forte. Se disseminou em grande medida o aumento de preços.”, afirmou o economista-chefe da Nécton, André Perfeito.