Atividade econômica do DF tem queda recorde no último trimestre de 2015
No período, houve retração de 2,5% em relação ao mesmo intervalo de 2014. O índice é o mais acentuado desde criação de indicador, há quatro anos
atualizado
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O último trimestre do ano passado registrou retração econômica de 2,5% em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com o Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF). Foi a quarta taxa negativa consecutiva no ano passado e a mais acentuada de toda a série histórica do indicador, criado em 2012.
Em 2015, a economia do DF acumulou queda de 1,4% em relação ao ano anterior. No âmbito geral, o declínio foi um pouco menor do que a média nacional, que fechou o ano 3,8% menor.O setor que mais sentiu no Distrito Federal foi o da agropecuária, que caiu 8%, seguido da indústria, com decrescimento de 5,8%, e de serviços, com queda de 1%.
Segundo o relatório do Idecon-DF, as dificuldades disseminaram-se pelo setor de Serviços e alcançaram a atividade pública, maiores responsáveis pela dinâmica econômica do Distrito Federal, já que os setores Agropecuário e Industrial possuem pouca representatividade na unidade da federação.
O documento ainda revela que o desempenho do setor produtivo do DF sentiu os efeitos desfavoráveis dos juros elevados, da alta taxa de inflação, do desemprego e da redução da renda do trabalhador, bem como das medidas fiscais mais restritivas, adotadas pelos governos federal e local.
Para o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, o cenário atual fraco do comércio e a situação econômica do País afugentam o consumidor do mercado e levam aos números negativos. “Entre os fatores que justificam o índice negativo está o aumento da gasolina, a taxa de juros do cartão de crédito que bate recorde, o nível de endividamento das famílias que chega a 81% em Brasília, além da inflação e do desemprego que foi estimado em 257 mil pessoas no início de 2016”, explica.