“É um monstro”, diz avó de 3 meninas atropeladas por motorista bêbado
Embriagado, em alta velocidade e sem CNH, Francisco Manoel da Silva atropelou cinco crianças, em Ceilândia, no domingo (22/5)
atualizado
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“Para mim, ele é um monstro e tem de ficar preso. Ele atropelou cinco crianças e queria fugir sem prestar socorro.” Assim, Shirley Pereira, 50 anos, refere-se a Francisco Manoel da Silva, 53 anos, o motorista bêbado que atropelou cinco crianças, em Ceilândia, no domingo (22/5). A cabeleireira é avó de três — Ana Julia, Bruna Raquel, de 6 anos, e Ester Isabely, de 10 — das quatro meninas que seguem internadas em estado grave no Hospital de Base do Distrito Federal.
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Ao Metrópoles a mulher contou que as netas costumam brincar na rua e no parquinho da quadra com as amigas. Elas estavam a caminho do espaço de lazer e, ao atravessarem em uma faixa de pedestres, acabaram atingidas pelo veículo de Francisco Manoel — que não tem CNH e conduzia o carro em alta velocidade.
“Estamos sem rumo. Nossa vida parou. A cada dia que passa, é uma tortura maior saber que as meninas estão intubadas. Essas crianças são tudo para a gente, são a nossa felicidade. A única coisa que podemos fazer agora é rezar e pedir por justiça, para acabar com essa tortura”, lamenta Shirley.
Entenda o caso
Após cometer o crime, Francisco tentou fugir, mas foi detido por um grupo de motoboys que presenciaram o atropelamento. Ele recebeu voz de prisão e foi levado para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro). Conforme divulgou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o condutor estava bêbado “por laudo de constatação” confirmado pelo Instituto Médico-Legal (IML). Trata-se de um exame atestado mediante sinais claros de embriaguez, mesmo quando há recusa da parte em assoprar o bafômetro.
Moradores da região testemunharam o momento em que o motorista embriagado atingiu as vítimas. Francisco Lima, 71, aposentado, mora na casa em frente ao local. Segundo ele, o barulho do impacto do corpo das crianças no carro é indescritível. “Quando saí para ver o que havia acontecido, entrei em desespero. As crianças estavam jogadas próximo ao bueiro, no canteiro. Outra havia sido arremessada a metros da faixa de pedestre. Foi uma das coisas mais horríveis que já vi”, disse o homem, emocionado.
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