PF nega morte de idosa entre presos em acampamento do QG em Brasília
Informação falsa circula em grupos bolsonaristas, que manifestam até luto por senhora que está viva. Casos de atendimentos foram leves
atualizado
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Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) circulam informação falsa de que uma idosa teria morrido no ginásio da Polícia Federal, onde estão os presos pelos atos de violência ocorridos em Brasília no último domingo (8/1). Bolsonaristas chegam a manifestar luto pela mulher, que está viva.
A notícia falsa foi dita até mesmo em Plenário na Câmara dos Deputados. Bia Kicis (PL-DF) afirmou que havia confirmado o falecimento com a OAB, o que não procede.
A coluna Grande Angular confirmou nesta segunda-feira (9/1) que oito pessoas foram transferidas para o Hospital de Sobradinho e para a UPA de Sobradinho. Todos os casos eram leves. Tanto a Secretaria de Saúde do DF quanto a Polícia Federal desmentiram qualquer caso de morte.
Em redes, bolsonaristas se mostram assustados com as consequências dos atos golpistas. Eles chegam a comparar o ginásio da PF com um “campo de concentração” e usam uma foto de uma senhora tirada de um banco de imagens para dizer que ela havia falecido.
A publicação inclui a seguinte mensagem, em letras menores: “Estamos preservando a imagem da patriota”.
A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia.
— Polícia Federal (@policiafederal) January 10, 2023
Alimentação e água
No total, 1,5 mil pessoas foram detidas até a tarde desta segunda-feira. A maioria estava no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Os presos chegaram à Academia da PF em comboio com 50 ônibus do transporte público do DF, disponibilizados para prestar apoio à operação.
Como o número de prisões é elevado, a alimentação e água para os detidos tiveram de ser servidas de forma emergencial. Algumas pessoas se queixaram de ficar sem comer e sem beber durante o dia.
A Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e o diretor do Samu, Victor Arimatea, foram pessoalmente até a Academia da PF prestar apoio às equipes de saúde disponibilizadas para realizar os atendimentos que fossem necessários.