1 de 1 Leito de UTI com paciente
- Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal espera um aumento no número de internações e óbitos pela Covid-19, devido ao avanço da variante Ômicron. A pasta acompanha a evolução da ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos hospitais da rede pública e, se necessário, poderá mobilizar mais leitos.
Em coletiva de imprensa, na tarde desta quinta-feira (13/1), o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, afirmou que as hospitalizações devem aumentar nos próximos dias, com o pico de casos de Covid-19 no início deste ano. No entanto, ele pontuou que, devido ao avanço da vacinação, o aumento não será proporcional à quantidade de casos da doença, como ocorreu nas primeiras ondas.
“Mesmo que grande parte dos casos sejam leves, é esperado um aumento nas internações, um aumento no número de óbitos, principalmente nessa fase de pico [de contaminações por Covid-19]. Entretanto, não será um aumento proporcional, não será o que vivemos na primeira ou na segunda onda. Será algo muito menos proporcional. E é o que estamos vendo no Distrito Federal: [a quantidade de mortes] não está acompanhando essa rápida aceleração”, disse.
Além do resultado do Laboratório Central (Lacen), mais 13 amostras foram analisadas pelo Hospital da Criança, e confirmadas, também, com a infecção pela nova variante.
Covid-19: o que se sabe sobre a variante Ômicron até o momento:
14 imagens
1 de 14
Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
2 de 14
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Getty Images
3 de 14
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 14
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Uwe Krejci/ Getty Images
5 de 14
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
Pixabay
6 de 14
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
Getty Images
7 de 14
A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
Getty Images
8 de 14
A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
9 de 14
De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
10 de 14
Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
Getty Images
11 de 14
De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
Getty Images
12 de 14
Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
Morsa Images/ Getty Images
13 de 14
Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
14 de 14
A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
JuFagundes/ Getty Images
Na quarta-feira (12/1), um novo decreto do Palácio do Buriti, publicado em edição extra no Diário Oficial, proibiu a realização de shows, festas e festivais no Distrito Federal com cobrança de ingressos. A iniciativa tem a intenção de frear a taxa de transmissão no DF, que tem registrado alta, dia após dia.
Ainda na quarta-feira, a taxa de transmissão da Covid-19 registrou o índice de 2,11. O número significa que, a cada 24 horas, a quantidade de infectados pela doença tende a dobrar.
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, a capital registrou 3.813 novos casos em relação ao dia anterior. Segundo o GDF, 90% das hospitalizações são de pessoas não vacinadas ou com o ciclo de imunização incompleto.