Drácon: 1ª audiência de improbidade está marcada para quarta
Previsão é de que réus prestem depoimento na 7ª Vara de Fazenda Pública. Porém, parte deles não havia sido intimada até a noite de terça
atualizado
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Está marcada para esta quarta-feira (04/12/2019) a primeira audiência de instrução dos réus da Operação Drácon no processo de improbidade administrativa. Os depoimentos estão previstos para serem realizados pela 7ª Vara de Fazenda Pública do DF às 14h30, no auditório do Fórum Verde, localizado atrás do Palácio do Buriti. Porém, dos oito réus do processo, somente três já haviam sido intimados até a noite de terça, o que pode comprometer a sessão. A Justiça emitiu mandados em regime de urgência para intimar quem ainda falta.
Na ação, ajuizada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), é apontado o suposto esquema de corrupção envolvendo deputados distritais e servidores públicos. A suspeita é de que tenham sido realizadas negociações ilícitas de emendas parlamentares mediante solicitações de vantagem indevidas. Um dos casos em apuração trata de suposto esquema de propina em troca da liberação de R$ 30 milhões para o pagamento de serviços médicos de unidades de terapia intensiva (UTI).
Nesse processo, são réus os deputados federais Celina Leão (Progressistas) e Julio Cesar (Republicanos), além dos ex-deputados distritais Cristiano Araújo (PSD), Bispo Renato Andrade (PL) e Raimundo Ribeiro (MDB). Também viraram réus nessa ação o ex-secretário-geral da Câmara Legislativa Valério Neves, o ex-secretário-executivo da 3ª Secretaria da Casa Alexandre Cerqueira e o ex-diretor do Fundo de Saúde do Distrito Federal Ricardo Cardoso. A Justiça só conseguiu encontrar para intimar Raimundo Ribeiro, Renato Andrade e Ricardo Cardoso.
Os advogados de todos os réus negaram a prática de qualquer ato de improbidade e pediram a improcedência da ação. Em fevereiro deste ano, no entanto, o juiz Paulo Afonso Cavichioli Carmona considerou haver elementos suficientes para aceitar a denúncia.
A Operação Drácon teve início em agosto de 2016, após virem à tona os áudios feitos pela então deputada Liliane Roriz (Pros) revelando detalhes de como colegas da Câmara Legislativa supostamente agiam. Liliane teria começado a grampear os distritais no fim de 2015, quando os políticos decidiam sobre o que fazer com uma sobra orçamentária da Casa.