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Dor e agonia: motoboy com perna quebrada aguarda cirurgia há 10 dias

Já é o terceiro caso noticiado pelo Metrópoles nesta semana, o segundo em Taguatinga

atualizado

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1 de 1 HRT - Foto: Divulgação

O motoboy Fernando Almeida, 33 anos, é mais um paciente da rede pública que aguarda há mais de 10 dias uma cirurgia ortopédica. Com uma fratura na tíbia, ele é o segundo caso noticiado pelo Metrópoles só nesta semana aguardando no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O Hospital de Base enfrenta o mesmo problema.

No caso de Fernando, ele sofreu um acidente no dia 9 de julho e foi encaminhado ao HRT. Após realizar exames que constataram uma fratura na tíbia, foi colocado na enfermaria. “Foram 10 dias que eu fiquei lá esperando sem previsão nenhuma”, conta.

Junto dele estavam várias pessoas na mesma situação. “Quando cheguei lá, tinha gente há um mês aguardando. Nem subir para o quarto tinha ainda. Pior que ainda teve um jovem lá que ficou 10 dias e já subiu, uma falta de respeito com quem estava aguardando”, denuncia.

Casado e com a esposa grávida, Fernando se preocupa com o tempo em que está parado sem poder trabalhar. “Para eu conseguir auxílio, preciso do laudo da minha cirurgia. Então, eu parado aqui, não consigo dinheiro e ainda atrasa a minha recuperação para voltar a trabalhar”, lamenta.

Confira o vídeo das pessoas aguardando

Procurada, a direção do Hospital Regional de Taguatinga informou que “está trabalhando com uma sobrecarga na área de ortopedia, inclusive com atendimento a pacientes vindos de outros estados. A fila de pacientes continua alta, apesar de todos os esforços dos profissionais de saúde do HRT para diminuir o tempo de espera”.

O HRT ressaltou que “as cirurgias de urgência e emergência têm preferência no atendimento”.

“Cabe ressaltar, ainda, que, no caso das cirurgias ortopédicas, a regulação não é centralizada pela SES/DF, mas feita por cada hospital. Qualquer denúncia de irregularidade neste processo será devidamente apurada pelos mecanismos de controle da pasta”, finalizou a nota.

Denúncia igual

Mãe solteira, a paciente Luciana Castro Costa, 34 anos, denunciou um caso idêntico no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), na última segunda-feira (19/7).

A dona de casa deu entrada na unidade de saúde em 29 de junho a fim de dar continuidade ao tratamento depois de ter sofrido um atropelamento, em 29 de novembro do ano passado.

“Na última consulta, a placa do fêmur se soltou, pois colocaram uma placa menor. Agora, ela está internada, aguardando a cirurgia para troca dessa placa. Desde sexta-feira, não passava médico. Um médico passou e disse que não falta nada, apenas que a fila está muito grande”, lamentou o professor Gustavo de Castro Costa, 38, irmão da paciente.

Ao procurar respostas na direção do hospital nos primeiros dias de internação, a paciente teve a porta fechada na cara de forma brusca. Assista:

Ainda segundo o professor, os profissionais de saúde do local não dão uma data para a cirurgia. “Quando chegou a desculpa de que faltava um equipamento, logo o equipamento apareceu e, depois, disse que faltava anestesista. Agora, não falta nada, e ela continua aqui aguardando. Nem para a ala de ortopedia ela foi transferida”, reclama Gustavo.

“Eles passam sem dar muita informação. Semana passada, passaram avisando para ela subir e, logo depois, avisaram que não. Só falam que tem de aguardar”, diz o irmão.

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