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Donos de mercados são suspeitos de lavar R$ 218 milhões; veja quem são

Com apoio da Receita do DF, Polícia Civil cumpre oito mandados de busca e apreensão contra donos da rede de mercados Supercei

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1 de 1 supercei - Foto: Divulgação

A Polícia Civil (PCDF), com apoio da Receita do DF, deflagrou na manhã desta sexta-feira (22/3) a Operação Romanos 13:7 para reprimir crimes de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos em supermercados no Distrito Federal.

A coluna apurou que oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e sedes de empresas dos investigados, que são da mesma família e sócios da rede de mercados Supercei. São eles: os irmãos Elias e Hélio Felis Palazzo.

O trio é suspeito de sonegar R$ 259.465.604,79 em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre 2006 e 2016, e também por lavagem de dinheiro, no valor corrigido de R$ 218.464.000,88.

Alguns deles são considerados “velhos conhecidos” da polícia e da Justiça, por serem réus em processos e até condenados por crimes da mesma natureza.

O Metrópoles não localizou a defesa dos investigados. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

O esquema

Segundo a investigação, a quadrilha praticava, de maneira recorrente, fraude com declaração de débitos tributários a recolher, sem, contudo, pagar os valores devidos do tributo. De forma continuada, o grupo declarava e não pagava os impostos, o que levou a uma dívida superior a R$ 500 milhões.

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Polícia cumpre oito mandados de busca e apreensão
Donos de mercados da rede Supercei são alvo da força-tarefa
Empresários são investigados por fraudes tributárias
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Itens apreendidos durante operação foram comprados com dinheiro fruto de sonegação fiscal

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Empresários são investigados por fraudes tributárias

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A PCDF apurou que os envolvidos ainda faziam sucessivas simulações de parcelamentos, os quais, muitas vezes, levavam a Justiça e a Fazenda Distrital a acreditarem que, em algum momento, os devedores quitariam as dívidas. No entanto, os indícios demonstraram que os suspeitos não tinham intenção de regularizar a situação junto a Receita do Distrito Federal.

Além disso, a investigação evidenciou o uso de recursos ilícitos e lícitos, tanto das empresas investigadas quanto de outras firmas dos suspeitos, o que gerou uma confusão patrimonial. O objetivo deles, segundo os investigadores, era criar justificativas aparentemente legítimas para a origem dos ativos financeiros obtidos por meio da fraude fiscal.

O secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz, afirmou que a sonegação fiscal leva bilhões de reais todos os anos dos cofres públicos. O chefe da pasta lembrou que os recursos desviados deixam de ser usados no financiamento de políticas e nos serviços públicos.

“A determinação é buscar soluções para evitar essas perdas. Estamos sempre à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público para atuar em conjunto nas investigações que envolvam crimes contra o Tesouro”, afirmou.

“Também reforçamos nossas operações diárias de fiscalização, das equipes de auditores da Receita do Distrito Federal. Sem os sonegadores, os cofres arrecadam mais, não havendo necessidade de aumento de impostos”, acrescentou Ney Ferraz.

Bolsas de luxo

As buscas ocorrem nas seguintes regiões administrativas: Águas Claras, Gama, Plano Piloto, Recanto das Emas, Samambaia, Sudoeste e Taguatinga.

Além das buscas, o Poder Judiciário autorizou o sequestro de bens dos investigados, para garantir o ressarcimento aos cofres públicos dos valores sonegados. A coluna apurou que foram apreendidos nas residências dos investigados pelo menos um veículo e bolsas de luxo da marca Louis Vuitton.

Os envolvidos responderão pela prática dos delitos de associação criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A depender da participação no esquema, eles podem ser condenados a penas de seis a 18 anos de prisão.

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