Donos de supermercados são alvo de operação por sonegar R$ 12 milhões
Segundo a Polícia Civil, nove pessoas foram presas por suspeitas de sonegar ICMS e lavagem de dinheiro com uso de empresa de fachada
atualizado
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Nove pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (6/7) no Distrito Federal acusadas de sonegação tributária e lavagem de dinheiro. Segundo informações da Polícia Civil do DF, entre os alvos da operação, estão donos e funcionários de supermercados e distribuidoras de alimentos. O prejuízo aos cofres públicos teria superado a casa dos R$ 12 milhões.
Tiveram a prisão preventiva decretada Hélio Felis Palazzo e Angelo Balsanulfo, das redes Supercei e Bellavia, e Pedro Henrique Briere, do Grupo Veneza.
Batizada de Invoice, nota fiscal em inglês, a operação foi autorizada pela 1ª Vara Criminal de Samambaia. De acordo com as investigações, os empresários montaram um esquema fraudulento contra a Secretaria de Fazenda, com a criação de empresa de fachada e utilização de laranjas.Os suspeitos, de acordo com a PCDF, negociavam a compra de produtos com fornecedores de outros estados e as notas fiscais não eram emitidas pelos supermercados, mas pela empresa de fachada IASS Distribuidora e Logística, com Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em alíquota menor, fraudando o fisco local.
As investigações revelaram que a IASS, com sede em Samambaia Sul, tem movimentação financeira incompatível com ocapital social e as instalações.
Os laranjas seriam escolhidos a dedo: pessoas de baixa renda, sem patrimônio, que não teriam bens disponíveis em caso de execução fiscal. O esquema foi desmontado após sete meses de investigação e com a ajuda de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.
Além de autorizar as prisões, busca e apreensão, a Vara Criminal de Samambaia determinou o sequestro de bens e bloqueio de contas dos acusados, e a quebra de sigilos fiscal e telefônico.
As investigações começaram após auditoria feita pela Secretaria de Fazenda, que apoia a operação. ]
O Super Veneza informou que não vai se pronunciar. O Metrópoles tenta contato com representantes das demais empresas citadas pela PCDF.