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Dono do Bambambã é absolvido novamente, e mulheres organizam protesto

TJDFT absolveu réu em mais um processo e invalidou depoimento de duas das 12 mulheres que acusam Gabriel Ferreira Mesquita de estupro

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A 3ª Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) invalidou o depoimento da segunda das 12 mulheres que acusam de estupro Gabriel Ferreira Mesquita, dono do antigo bar Bambambã, na 408 Norte, e absolveu o réu em dois dos três processos ao qual responde por abuso sexual. O processo, porém, pode chegar a instâncias superiores.

Gabriel havia sido absolvido em outros dois dos três processos aos quais responde na Justiça do DF. Diante de mais uma decisão, um grupo de mulheres e vítimas do acusado organizou um protesto para esta segunda-feira (30/10). O ato será às 18h, em frente ao TJDFT.

Na convocação, as organizadoras destacam que a manifestação será “pelo fim da permissão jurídica do estupro e da violência institucional”.

Veja:

Ato contra absolvição

Relembre o caso

Metrópoles divulgou em primeira mão os relatos de algumas vítimas de Gabriel. Catorze mulheres conversaram com a reportagem e detalharam histórias de horror e traumas provocados pelo acusado, que cometia os crimes após dopá-las.

“Aconteceu em uma noite após o aniversário de um amigo. Ele me levou até o quarto, onde, inicialmente, consenti a relação. Quando terminamos, e após certo tempo, adormeci. No meio da madrugada, no entanto, fui acordada de forma extremamente violenta, com ele me virando de bruços e forçando sexo anal”, relatou Maria*, uma das vítimas.

Dono de bar na Asa Norte é acusado de estupro por ao menos 12 mulheres

Amigos do dono do Bambambã também ressaltaram o perfil hostil do empresário. “Conheci o Gabriel ainda na juventude; inclusive, chegamos a morar juntos. Ele era uma pessoa envolvente e agradável, mas agressivo e violento quando confrontado”, descreveu um colega, que não quis se identificar.

“Ele [Gabriel] falou uma ou duas vezes sobre ter tido relação sexual consentida com uma mulher e, no meio do ato, ter partido para o sexo anal sem permissão da parceira. E [ele] teria achado o máximo”, completou o conhecido.

Em agosto de 2022, a 2ª Vara Criminal de Brasília condenou Gabriel a seis anos de prisão por um processo de 2018. Na denúncia, o réu foi acusado de forçar sexo com a vítima, aproveitando-se do fato de que ela estaria embriagada e sem condições de reagir.

*Nome fictício para resguardo da vítima

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