Dono de pet shop diz que morte de Ted foi fatalidade: “Peço perdão”
Luciomario de Assunção prestou depoimento à CPI dos Maus-tratos da CLDF nesta segunda-feira (18/4) e falou sobre a morte do cachorrinho
atualizado
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Luciomario de Assunção, proprietário do Pet Park Hotel, pet shop onde o cachorro Ted morreu no mês passado, prestou depoimento à CPI dos Maus-tratos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta segunda-feira (18/4). À comissão, ele afirmou que a morte do cachorrinho Ted foi um “acidente de trabalho, uma fatalidade”.
Segundo Luciomario, o cão da raça maltês foi atacado por outro cachorro, maior, quando o empresário, por descuido, o deixou escapar por uma porta que separava animais de portes diferentes. “Eu não tinha jamais a intenção de expor a vida do cão, muito menos deixar ele com outros cães maiores”, disse.
O empresário também alegou que, em dez anos de atuação, nunca houve outro caso grave em seu estabelecimento. “Eu amo os animais. Eu não tenho filhos, tenho cachorros, que eu trato como filhos”.
Ao longo do depoimento, Luciomario pediu desculpas aos tutores e afirmou que está disposto a colaborar da forma que quiserem. “Tenho um sentimento de culpa, mas peço perdão pelo meu erro. Eu não quero que isso aconteça de novo. Nem vai acontecer, porque meu negócio praticamente acabou”, enfatizou.
O empresário ainda disse que está “respondendo a dois processos do Ministério Público por causa do meu erro”. “Já estou sendo processado, já acabaram com meu negócio, acho que está bom, né gente? Acho que já fui crucificado demais”, comentou.
Para o presidente da CPI, deputado Daniel Donizet (PL), o depoimento foi uma oportunidade de esclarecer o ocorrido. O distrital ainda pontuou que as versões falsas, apresentadas anteriormente pelo empresário, aumentaram o sofrimento dos tutores.
“A responsabilidade é toda do senhor. Um hotel de pet tem que tomar muito cuidado, ter muita responsabilidade, porque você está lidando com vidas”, afirmou o deputado.
Ao final, Donizet disse que a Comissão vai avaliar se outras pessoas deverão ser convocadas “em virtude dos esclarecimentos prestados”.