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Neste ano, no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) contabilizou 2.929 óbitos. Desses, quase 8% foram causados por complicações relacionadas à dengue – até 8 de abril, a pasta havia confirmado 230 mortes pela doença.
O portal mostra que Ceilândia acumula a maior quantidade de mortes, com 40 registradas. Em seguida, Samambaia, com 24.
Pico em fevereiro
O portal aponta que a maioria das mortes causadas pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti ocorreu em fevereiro. O mês soma 120 dos cerca de 230 falecimentos do ano. Janeiro aparece com 46 e março com 64.
Procurada, a Saúde do DF afirmou que, no Distrito Federal, até a semana 13 – ou seja de 23 de março a 4 de abril – foram notificados 201.394 casos de dengue, com 190.923 casos prováveis e uma incidência de 5.958,76 casos a cada 100 mil habitantes.
“Ao comparar a semana 13, que teve 3.066 casos prováveis, com a semana 12, que soma 10.521 casos, observa-se uma redução de 70,8%”, diz a pasta.
Mortes
Segundo a SES-DF, a dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito, que se reproduz em depósitos de água parada.
O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos. “O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, assim, para a maior disseminação da doença. Por esse motivo, é importante evitar água parada, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente”, ressalta a pasta.
Ao longo do ano, o Metrópoles noticiou algumas das centenas de mortes por dengue. Entre elas, uma menina de apenas 8 anos que faleceu vítima de dengue hemorrágica no Hospital Regional de Santa Maria, em fevereiro.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Também em fevereiro, uma criança de 8 meses de vida morreu de dengue e Covid-19. A família de Helena Alves Martins Dourado buscou atendimento na rede pública de saúde para a criança pelo menos quatro vezes antes do óbito, mas a menina não foi internada.
Em janeiro, Alice Arruda, psicóloga, morreu aos 29 anos, também vítima da dengue. Ela perdeu a vida em um hospital particular no Cruzeiro Velho, após desenvolver a forma hemorrágica da doença.