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Do caos à normalidade: a vida após a Covid matar 11 mil pessoas no DF

Em 2023, o DF registrou 110 mortes por Covid-19, cerca de 97% a menos do que o notificado no primeiro ano de pandemia

atualizado

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Fabio Vieira/Metrópoles
Imagem de médicos atendendo em galpão com pacientes deitados sobre macas em hospital de campanha improvisado para tratamento de infectados com Covid
1 de 1 Imagem de médicos atendendo em galpão com pacientes deitados sobre macas em hospital de campanha improvisado para tratamento de infectados com Covid - Foto: Fabio Vieira/Metrópoles

Há quase quatro anos, o Distrito Federal registrava o primeiro caso e a primeira morte por Covid-19. Ao longo dos anos, com o início da vacinação, o número de óbitos em decorrência da doença por ano saiu de 6,8 mil, em 2021, para 110, registradas em 2023.

Segundo levantamento feito pelo Metrópoles com base em dados da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), antes do início da vacinação contra a Covid-19, a doença matava uma média de 570 pessoas por mês. Este ano, a média caiu para 9 mortes mensais.

Os dados mostram que, no ano após o início da imunização da população — que começou em 19 de janeiro de 2021 — o número de casos seguiu em uma média de 29 mil por mês. Porém, a média de mortes caiu para 60 por mês.

O médico infectologista André Bon, que acompanhou de perto a evolução da pandemia de Covid-19, afirma que os dados mostram a eficiência da vacinação. “O principal efeito de todas as vacinas contra SARSCoV2 é a redução de óbitos relacionados à Covid-19. Portanto, a redução de mortes está diretamente relacionada à cobertura vacinal ampla das primeiras doses”, avalia.

Sobreviventes da Covid

O policial militar Raphael Trompieri Rodrigues, 39 anos, é um dos sobreviventes da pandemia. Ele foi infectado pelo vírus quando ainda não havia vacina disponível. Em 2021, Trompieri passou 51 dias internado para tratar o coronavírus. A luta, que teve início ainda em fevereiro, teve um capítulo importante em abril quando ele, enfim, recebeu alta.

Quando teve a oportunidade de se vacinar, ele afirma que sentiu-se aliviado.”A vacina traduziu a oportunidade de conviver com meus amigos e familiares. Significou a possibilidade de ressignificar algumas coisas e viver outras. Embora tenha sentido todos os efeitos colaterais como se estivesse vivendo uma nova reinfecção pelo vírus, a vacina trouxe segurança e esperança de vida. Queria ter tido a chance de ter me vacinado antes de ter sido infectado e ter agravado”.

Hoje, diante das poucas mortes registradas por Covid no DF, Raphael exalta a  proteção da imunização.

“A percepção que eu tenho é a de que fui protagonista de um pesadelo, afinal foram 51 dias de internação, 27 desses em coma, com relatos de pneumotórax, parada cardíaca.  Atualmente, vejo todos levando uma vida normal e isso me traz um certo alívio, pois demonstra que a doença foi controlada graças ao mecanismo de imunização disponibilizado”.

Cenário atual

O infectologista André Bon alerta, porém, para a necessidade de continuidade à vacinação contra a Covid. Segundo ele, caso a cobertura caia, é possível que o cenário volte a piorar.

“A não vacinação com as novas vacinas, especialmente com as novas cepas, pode levar a uma redução da proteção adequada contra as variantes circulantes e pode, eventualmente, levar ao aumento de óbitos”, diz.

Até o momento, desde o início da incidência da Covid no DF, a capital federal registrou mais de 926,8 mil casos e 11.948 mortes.

Em relação à vacinação, mais de 2,5 milhões de pessoas receberam a primeira dose do imunizante no DF. Porém, o número cai para 605 mil no que se refere à aplicação da vacina bivalente.

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