“Dizia que ia me matar”, diz sobrevivente de tentativa de feminicídio
Casal combinou de usar drogas juntas, brigou e o homem desferiu vários golpes contra a mulher
atualizado
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Homem de 52 anos que esfaqueou a ex-companheira, no domingo (3/10), teve um relacionamento com ela por 10 anos. Há três meses, no entanto, se separaram. Fernando Feitosa Marinho encontrou-se com a mulher para usar drogas, mas após uma briga, desferiu seis facadas no braços e no abdômen da vítima.
Em depoimento, Jassirene Ferreira Paiva, 51, afirmou que Fernando iria matá-la. “Tempo todo dizia que ia me matar, só parou quando viu que um ciclista se aproximou, e foi quando eu consegui fugir”, disse Jassirene. A mulher pediu socorro em um bar e recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Os cortes não foram profundos e, por isso, ela não foi levada ao hospital.
Segundo as investigações, os envolvidos são moradores de rua e usuários de drogas. Na noite do crime, o ex-casal se encontrou e combinou de usar crack. Por volta de meia-noite, após ter feito uso do entorpecente, o autor suspeitou que a mulher havia furtado uma parte da droga e ficou agressivo.
De acordo com o depoimento, Fernando pegou uma faca que estava na cintura, foi em direção à vítima e disse que iria matá-la. Logo em seguida, desferiu um golpe buscando atingir a região abdominal da mulher, entretanto, como ela se defendeu, o golpe acertou seu braço.
Para o delegado responsável pelo caso, Douglas Fernandes, a mulher revelou que não ia registrar boletim de ocorrência contra o ex-companheiro, mas ao se encontrar com ele novamente na segunda-feira (4/10), as ameaças retornaram e Jassirene mudou de ideia. “Quando se encontraram de novo ele afirmou para a mulher que ainda ia terminar o serviço que tinha começado no dia anterior. Com medo, ela procurou a delegacia e nós o encontramos na rua”, explicou o delegado.
O homem tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, furto, roubo, lesão corporal e tentativa de homicídio. Após os procedimentos legais, o indivíduo foi recolhido ao cárcere da Polícia Civil e permanece à disposição da Justiça. Foram deferidas medidas protetivas para Jassirene.