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“Divulgar feminícidio incentiva”, diz Ibaneis em debate eleitoral

Declaração do candidato à reeleição ao Palácio do Buriti ocorreu durante último debate antes das eleições, nessa terça-feira (27/9)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ibaneis Rocha durante o debate Metrópoles GDF 2022
1 de 1 Ibaneis Rocha durante o debate Metrópoles GDF 2022 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O candidato à reeleição ao Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha (MDB), declarou, nessa terça-feira (27/9), que a divulgação de casos de feminicídio incentiva o crime. A fala do emedebista ocorreu durante o último debate entre postulantes ao governo do Distrito Federal antes do primeiro turno das eleições.

“Eu tenho um questionamento pessoal que espero que seja debatido em algum momento no Congresso Nacional no que diz respeito à divulgação (de casos de feminicídio). Já temos os casos de suicídios, que não são divulgados. Tenho para mim, uma opinião pessoal, no sentido de que possamos ter o feminicídio não sendo divulgado. Tenho para mim que incentiva muito essa questão do feminicídio”, pontuou Ibaneis.

O governador foi questionado pela candidata do PSol, Keka Bagno, sobre casos de violência contra mulheres. Ela criticou o número de mortes motivadas por gênero no DF.

Entre argumentos e propostas, Ibaneis Rocha defendeu as políticas de prevenção de violência contra a mulher, citou ações como a reabertura da Casa da Mulher e levantou a pauta da não divulgação de notícias sobre feminicídio, entendendo que isso incentiva o crime.

Ainda enquanto o debate era transmitido, Ibaneis se posicionou sobre o assunto em seu perfil pessoal do Twitter. Nas redes sociais, o governador escreveu: “Não comparo o crime do feminicídio ao ato de suicídio. Meu ponto pessoal é a divulgação dos casos. Acredito que a divulgação incentiva esse crime terrível. Mas reafirmo: esta não é uma decisão para um governante e, sim, para ser discutida no Congresso Nacional.”

Veja:

Casos no DF

Em 2022, o DF registrou, até o momento, 14 feminicídios. A moradora do Itapoã Patrícia Silva Vieira Rufino, 40 anos, foi o último caso registrado pela Polícia Civil do DF, na capital da República, no dia 17 deste mês. O suspeito pela morte arrancou a pia do banheiro e atingiu a cabeça da vítima diversas vezes, até a morte. O homem acabou preso em flagrante no dia do crime.

Assim como o caso de Patrícia, as outras vítimas de feminicídio foram mortas com requintes de selvageria, como espancamentos, esfaqueamentos e estrangulamentos.

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