Distrito Federal terminou 2015 com 237 mil desempregados
São 60 mil pessoas a mais do que no ano anterior. Construção civil foi a área que mais eliminou postos de trabalho
atualizado
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O Distrito Federal fechou o ano de 2015 com 237 mil desempregados, 60 mil a mais do que o registrado no fim de 2014. Foram eliminados 37 mil postos de trabalho e houve aumento de 22 mil pessoas na população economicamente ativa. A construção civil foi a área mais afetada, com eliminação de 15 mil postos.Na indústria de transformação, foram extintas 10 mil vagas; no segmento de serviços, 14 mil, além de quatro mil em outros setores. Só o comércio não terminou o ano no negativo, com a criação de seis mil vagas.
A taxa de desemprego passou de 11,7% para 15,4% no período. Os números refletem tanto o mercado formal, com carteira assinada, quanto o informal. Os dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF) divulgada nesta quarta-feira (27) pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pela Companhia de Planejamento (Codeplan), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Na opinião do diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Cruz, os números desfavoráveis são, entre outros fatores, reflexo da crise econômica nacional.
De acordo com o coordenador de Qualificação Profissional da Secretaria do Trabalho, Gerson Vicente, a pasta usará os dados para promover ações de aquecimento do mercado de trabalho durante o ano. “Retomamos o Fórum do Setor Produtivo e debatemos temas como criação de postos de trabalho e qualificação de trabalhadores”.
Dezembro
Entre novembro e dezembro do ano passado, a taxa de desemprego passou de 15,1% para 15,4%. O resultado deve-se à redução de 6 mil postos de trabalho: 2 mil no setor de indústria de transformação (o equivalente a 4,7%); mil na construção (-1,4%); mil no comércio (-0,4%); e 2 mil em serviços (-0,2%).
De um mês para outro, o número de pessoas sem emprego nas regiões com renda mais alta, a exemplo dos Lagos Sul e Norte, subiu de 6,9% para 7,1%; nas regiões intermediárias, como Taguatinga e Gama, caiu de 12,4% para 12%; e naquelas de renda mais baixa, como Brazlândia e Recanto das Emas, aumentou de 18,2% para 19,2%. Com informações da Agência Brasília.