Distritais cobram explicações de Rollemberg sobre queda de viaduto
Segundo os parlamentares, GDF deixou de investir na manutenção de pontes e estruturas elevadas e, portanto, deve esclarecer os motivos
atualizado
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A Câmara Legislativa pretende chamar o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para que ele dê explicações sobre o desabamento do viaduto no Eixão Sul aos distritais. Os parlamentares querem saber por que o governo do DF deixou de executar um orçamentário milionário na manutenção de pontes e estruturas elevadas da capital do país. Uma eventual ida do chefe do Executivo local à CLDF está sendo arquitetada pelos distritais integrantes da Comissão de Mobilidade, que deve ser criada com a finalidade de acompanhar os gastos do Palácio do Buriti na área.
Nesta quinta-feira (8/2), o projeto criado com o objetivo de instituir a comissão seguiu para apreciação dos integrantes das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Fiscalização. Além de Rollemberg, gestores do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos serão chamados.
Para ser aprovada, a Comissão de Mobilidade precisa de maioria simples. Ou seja, caso 13 deputados concordem, a agenda de convocação já pode começar a ser feita.
Distritais visitam local do desabamento
Na manhã desta quinta, Celina e outros três distritais visitaram o local onde ocorreu o incidente. Acompanhados de engenheiros da Casa, Wellington Luiz (MDB), Raimundo Ribeiro (PPS), Sandra Faraj (SD) e a representante do PPS defenderam uma apuração rigorosa do desastre. “A Câmara, no ano passado, aprovou uma emenda de R$ 7 milhões, e o governo não executou. Isso demonstra que esse tipo de atividade não é prioridade para o Executivo, apesar dos sinais emitidos de desgaste”.
Para o deputado Cláudio Abrantes (sem partido), a comissão deve passar pelo crivo da Casa o mais rapidamente possível. Ele ressaltou que o colegiado terá papel muito mais abrangente, como intensificar a fiscalização sobre a integração do transporte público, previsto no Plano Diretor de Transporte Urbano.
Dados retirados do Sistema de Gestão Governamental (Siggo) apontam que, de 2015 a 2017, a gestão de Henrique Luduvice (foto em destaque) – exonerado do cargo de diretor nessa quarta (7) – deixou de aplicar R$ 1.216.544.973,50. O recurso estava autorizado para ser usado, mas Luduvice preferiu não gastá-lo. Os números foram levantados por Celina Leão.
O discurso de manter uma administração austera custou caro. Ao sacar a tesoura e cortar na própria carne, Luduvice colocou em risco a vida de milhares de pessoas e motoristas. Do total poupado, evitou que R$ 4.290.909 fossem empregados na manutenção e no reparo de pontes e viadutos do Distrito Federal.
As planilhas oficiais mostram que a autarquia deu importância zero ao tema. No último triênio, nenhum centavo foi gasto para garantir o pleno funcionamento das estruturas elevadas erguidas na capital do país.