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Disputa de Marçal x Boulos provoca bate-boca na CLDF: “Criminoso”

Os nomes de Guilherme Boulos e Pablo Marçal foram mencionados durante a discussão. Ambos disputam a prefeitura de São Paulo

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1 de 1 Imagem colorida do Plenário da CLDF - Metrópoles - Foto: Reprodução

Durante a sessão desta quarta-feira (11/9), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), uma discussão acalorada acabou com deputados distritais de esquerda e direita chamando candidatos à Prefeitura de São Paulo de criminosos.

Os ânimos se exaltaram após a parlamentar Paula Belmonte trazer à tona no Plenário a nomeação de Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos. Na ocasião, Belmonte disse repudiar a indicação pelo fato de Macaé responder por corrupção em compra de material escolar.

Em seguida, pastor Daniel de Castro (PP) assumiu a palavra e complementou a fala de Belmonte. O distrital pontuou a denúncia publicada pelo Metrópoles referente aos casos de assédio imputados a Silvio Almeida – ex-ministro dos Direitos Humanos–, acusou Lula de saber dos crimes há meses e disse que criminosos estão soltos enquanto “patriotas presos pelo 8 de janeiro” estão na cadeia.

“Cadê o pessoal preso do Movimento Sem Terra (MST)? O líder deles, o Boulos, está disputando eleições em São Paulo para prefeito. Esse cara foi o maior incentivador de invasão. […] Você não vê esse povo responder por abolição ao estado democrático de direito, por crime contra a propriedade privada e muito menos por terrorismo. Esses, sim, tinham arma, fuzil, metralhadora. E os da direita, o que eles tinha para serem condenados? estilingue”, declarou Castro.

Com a palavra, Fábio Felix (PSol) disse que Daniel de Castro deixou a “imaginação um pouco maior” devido “a falta do Twitter” e pontuou que algumas coisas ditas pelos colegas precisavam ser esclarecidas

“Boulos não tem condenação criminal, não foi condenado. Ele liderava o movimento dos trabalhadores sem teto, que é um movimento por reforma urbana, que trata de direito à moradia, como o Minha Casa, Minha Vida. Não tinha fogo no campo porque não tinha campo. Já o novo queridinho da extrema direita brasileira, o Pablo Marçal (PRTB), é o candidato do tigrinho, das casas de apostas e o candidato do PCC, porque eles [extrema direita] têm criminosos de estimação”, disse Felix.

Durante discurso, Fábio disse que os dois colegas não têm moral para chamar Boulos de criminoso e desafiou a bancada do Partido Liberal e a extrema direta do Congresso Nacional a “fazerem política pública para enfrentar  a crise climática vivida pelo Brasil: “Como muitas vezes nós da oposição fazemos aqui, votando de forma unificada”.

“A extrema direita esta sempre lá no Tik Tok, querendo likes, dando shows, atacando as pessoas transexuais que não têm emprego, que estão morrendo, que têm dificuldade na vida, os LGBTs, as mulheres. Guilherme Boulos e a ministra Macaé não têm condenação. Se for falar de processo aqui, gente, não fica ninguém de pé. A lei fala de condenação. Quem tem problema com a Justiça e, inclusive foi condenado, é o queridinho da extrema direita Pablo Marçal”, pontuou.

Paula Belmonte, que ocupava a presidência da mesa na ocasião, disse que saiu um comunicado de que Boulos “só não foi condenado por não ter sido encontrado há seis anos”: “E nós temos um condenado em três instâncias na Presidência da República. Isso é um dado”.

Por fim, Daniel de Castro defendeu Marçal e disse que o crime cometido pelo candidato “prescreveu”. “Bandido é quem está sentado na Presidência do Brasil. Falar que Marçal é ligado ao PCC, pelo amor de Deus. Marçal é um advogado. Ele passou a procuração porque estava comprando a aeronave e já falou isso aqui. […] E outra coisa, ele não foi condenado. O crime dele já prescreveu, é uma questão de lei. Não dá para falar de crime cometido entre direita e esquerda”, finalizou.

Após a confusão, que envolveu apenas os três distritais, pois eram os únicos que estavam no Plenário, a sessão foi encerrada.

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