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Diretor e pais rechaçam transferência de alunos para salas modulares

Gestor da Escola Classe SRIA, no Guará, diz ter recebido comunicado extraoficial sobre a mudança para a Estrutural

atualizado

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1 de 1 Escola Classe SRIA - Metrópoles - Foto: Reprodução / Redes sociais

Mais uma vez, pais e alunos da Escola Classe SRIA, no Guará, temem a transferência das turmas para outras unidades da rede pública. Extraoficialmente, a comunidade escolar recebeu a informação da possível mudança para salas modulares, construídas em estruturas pré-moldadas e instaladas no CEF 2 da Estrutural.

Veja imagens da construção da escola pré-moldada:

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Estrutura pré-moldada está em construção no CEF 2 da Estrutural
A direção do SRIA entrou em contato com a regional de ensino em busca de esclarecimentos sobre o futuro do colégio. Mas não recebeu respostas
Inicialmente, a Secretaria de Educação não confirmou e ou negou a possibilidade de mudança dos alunos do SRIA
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Pais de alunos e professores de escola pública SRIA temem transferência para salas modulares

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Estrutura pré-moldada está em construção no CEF 2 da Estrutural

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A direção do SRIA entrou em contato com a regional de ensino em busca de esclarecimentos sobre o futuro do colégio. Mas não recebeu respostas

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Inicialmente, a Secretaria de Educação não confirmou e ou negou a possibilidade de mudança dos alunos do SRIA

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Confira o vídeo da montagem das salas:

 

Em fevereiro deste ano, pais e professores foram surpreendidos com o plano de mudança das turmas para um imóvel alugado. Após protestos, a Secretaria de Educação suspendeu a movimentação. No entanto, quinta-feira passada (23/6), o assunto voltou à tona.

O Metrópoles recebeu imagens das salas modulares em construção no CEF 2 da Estrutural. A escola SRIA tem, atualmente, 227 estudantes, com idades entre 4 e 11 anos, em turmas da educação infantil e séries iniciais. O colégio faz parte do complexo da Unidade 3 da Secretaria de Educação. A pasta vem desocupando o imóvel gradativamente.

O diretor da escola, Luiz Alberto Ferreira Lima, entrou em contato com a regional de ensino em busca do posicionamento oficial. No entanto, até a manhã desta quinta-feira (30/6), diz não ter recebido resposta.

“A equipe gestora não passou informação alguma. Não há definição. E preciso informar à comunidade. Ela têm direito de saber. Os pais dos alunos podem se posicionar contra ou a favor. É direito deles. Ainda mais se a proposta for de tirar os filhos deles de uma escola totalmente estruturada e levá-los para contêineres”, pontuou o educador.

A indefinição começou a atrapalhar o cotidiano escolar no SRIA. A direção trabalha na conclusão do semestre letivo e na preparação da festa junina e da próxima formatura de estudantes. No entanto, diante da incerteza, educadores, pais e mães não conseguem pensar em outra coisa além da possibilidade de transferência dos alunos para um estabelecimento educacional longe de casa.

“O mais importante para nós é que a Secretaria de Educação informe qual é a destinação dessas salas de aula. A direção do CEF 2 da Estrutural também quer saber. Se as salas forem para eles, pode ser que fiquem felizes, porque eles têm demanda. Lá tem 1.300 alunos. Mas para nós, não é uma boa notícia”, comentou o diretor do SRIA.

Segundo Luiz Alberto, o SRIA tem 5 salas para atender 10 turmas. Inicialmente, a estrutura construída no CEF 2 da Estrutural tem 4 salas modulares. Por isso, de acordo com o educador, a princípio, duas turmas teriam de ser transferidas para outro colégio, por falta de espaço.

“Para a comunidade, não vejo benefício nenhum. Você sair de uma escola totalmente estruturada, em um prédio próprio, e ir para uma estrutura pré-moldada? Sem espaço para os funcionários, merenda e administração da escola? Não se pode transferir uma escola sem levar também a estrutura necessária”, criticou.

Pais preocupados

A reportagem conversou com representantes dos pais e mães de alunos. Pedindo para ter os nomes preservados, confessaram a aflição, pois, com a transferência, as crianças terão a rotina totalmente afetada.

Sinpro

O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) reprovou a construção das salas pré-moldadas, independentemente da finalidade. “O governo precisa construir novas escolas e não puxadinhos provisórios de lata estilo contêineres”, criticou o diretor Samuel Fernandes.

No entendimento do Sinpro-DF, a gestão precisa de planejamento para construção de mais escolas em regiões como a Estrutural, Paranoá, São Sebastião, Ceilândia e Samambaia. Segundo Fernandes, pela falta de comprometimento na criação de colégios, a rede sofre com as salas superlotadas, prejudicando a aprendizagem dos alunos e adoecendo professores.

“Se o governo está pensando transferir a EC SRIA para a Estrutural, primeiro deve construir uma escola de verdade que é o que a comunidade escolar merece. O que não pode acontecer é a Secretaria de Educação transferir a escola para um puxadinho provisório de lata estilo container dentro do CEF 02 da Estrutural”, afirmou Fernandes.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Educação sobre a questão. No entanto, a pasta não negou e nem confirmou a possibilidade de mudança da Escola Classe SRIA. A gestão também não comentou os planos para a todo o complexo da Unidade 3.

“Não está definido se os alunos serão transferidos. Cabe ressaltar que as salas modulares não são de latão como contêineres. Todas têm ar condicionado, o espaço tem banheiros e toda a estrutura de uma escola”, informou a pasta em resposta ao Metrópoles.

Segundo a pasta, as salas modulares fazem parte de uma parceria firmada com empresa Cesar, de Goiânia (GO). Foram cedidas até o final do ano, a título de experimentação e não houve custos para os cofres públicos do DF. A proposta seria de experimentar o produto e tecnologia dos módulos, até o final do ano.

A estrutura modular tem capacidade para receber 280 alunos em dois turnos. Cada uma das 4 salas de aula possui 3 ar condicionados de 18.000 Btu’s.

As especificações do módulos incluem: tecnologia ARI Ambientes de Rápida Implantação, composta de estrutura metálica no piso, teto e paredes, placas de fibra de vidro duplas, do tipo sanduíche, preenchidas por poliisocianurato, telhas metálicas, revestidas por espuma de poliuretano e piso com compensado naval, revestido por Paviflex.

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