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Diretor administrativo é exonerado após denúncia de assédio no HRC

Alcione Pimentel atuava como diretor administrativo da Região Oeste de Saúde e foi acusado de assediar sexualmente uma colega do HRC

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Faixada de hospital
1 de 1 Faixada de hospital - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O diretor administrativo da Superintendência da Região Oeste de Saúde foi exonerado do cargo nesta quinta-feira (24/11). Com cargo público de natureza especial, Alcione Pimentel Barros, 46 anos, era servidor de carreira na função de técnico em hemoterapia e hematologia.

A informação consta no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), conforme o Metrópoles antecipou na quarta-feira (24/11). A exoneração do servidor público saiu depois de Alcione ser denunciado por assediar sexualmente uma prestadora de serviços do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

O caso, registrado no fim de outubro, é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II). A vítima relatou que procurou o então diretor administrativo para pedir ajuda na transferência do avô dela para uma unidade de terapia intensiva (UTI). O idoso estava internado, e a funcionária do HRC tentava uma vaga para o paciente no hospital.

Durante a conversa, a prestadora de serviços teria sido assediada por Alcione. “Ele pediu que eu fosse à sala dele para conversar. Lá, perguntou para onde eu teria ido no fim de semana e disse que eu estava linda e ‘para o crime’. Em seguida, perguntou quando eu iria sair com ele. Eu disse que ele praticamente era meu chefe, e ele respondeu dizendo que, dentro do hospital, era meu chefe, mas, fora de lá, tudo poderia acontecer”, declarou a vítima à polícia.

A funcionária do HRC relatou que começou a ficar nervosa, levantou-se para tentar sair da sala de Alcione, mas o investigado teria ficado de pé e a abraçado por trás. “Ele me segurou com os dois braços, passou a mão pelo meu pescoço, seios, barriga, bunda e partes íntimas, enquanto eu tentava me desvencilhar”, acrescentou.

“De repente, ele me virou de frente e passou a boca e a língua na minha boca. Nessa hora, eu consegui empurrá-lo e sair do local. Inclusive, quando abri a porta, ele tentou disfarçar, falando: ‘Qualquer coisa, traz os exames do seu avô para a gente dar uma olhada'”, detalhou a vítima, em depoimento.

Após a publicação do caso, o advogado de Alcione, Leonardo Krause, negou as denúncias. Em comunicado, ele afirmou que o diretor administrativo “tem como característica tratar todos com urbanidade e cortesia”.

“[Ele] nunca cometeu esse tipo de prática, acredita na Justiça e possui alguns elementos de prova que disponibilizará no tempo oportuno. Em virtude do cargo que ocupa, pode haver, também, motivações políticas, e [ele] também possui elementos para acreditar nesta hipótese”, afirmou a defesa, em nota.

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