Eleições e respeito à diversidade dão o tom da Parada LGBT de Brasília
Tema LGBT e Política Sim alerta sobre a importância de se eleger políticos que representem minorias e respeitem direitos humanos
atualizado
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Com concentração em frente ao Congresso Nacional e percurso previsto até a Câmara Legislativa do DF (CLDF), passando pelo Palácio do Buriti, a 21ª edição da Parada do Orgulho LGBTS de Brasília colore o Eixo Monumental neste domingo (1º/7). Com o tema LGBT e Política Sim, os organizadores pretendem ressaltar a importância de os brasilienses elegerem, nas eleições de outubro, representantes das minorias e políticos que respeitem a diversidade.
Durante o evento, a deputada federal Erika Kokay (PT), reforçou a simbologia de a concentração da parada de Brasília ocorrer diante da sede do Legislativo federal. “Lá dentro, eles construíram um palanque do ódio. E nós estamos aqui libertando os beijos, libertando os direitos e fazendo uma manifestação de amor”, destacou a petista, uma das coordenadoras da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Casa.Já o coordenador do evento e presidente do Conselho Distrital dos Direitos Humanos, Michel Platini, lembrou a força política do segmento nas eleições de 2018. “Somos pelo menos 300 mil eleitores. E despertar a consciência política em cada um que está aqui é muito importante”, disse.
O militante também criticou a promulgação, pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, na última quinta-feira (28/6), do polêmico Estatuto da Família. Com a medida, o projeto que define família como “núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável” ou “por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”, virou lei.
A aprovação inconstitucional do Estatuto da Família, prova que precisamos de LGBTS lá dentro [do Legislativo], lutando por nossos direitos
Michel Platini, coordenador da Parada do Orgulho LGBT de Brasília
Ato de liberdade
Por volta das 20h, o evento contava com 20 mil participantes, segundo informações da Polícia Militar. A expectativa dos organizadores é reunir, ao longo de todo o domingo, 60 mil pessoas.
“Já venho à parada há 7 anos. Aqui é um lugar onde posso ser eu mesma. É, antes de tudo, um ato de liberdade”, afirmou a personal trainer, Gessica Lopes, de 27 anos. Para Raphael Ramos, estudante, de 20 anos, o melhor do evento é poder andar pela cidade, sem medo de violência. “Onde mais eu poderia me vestir de unicórnio sem ser julgado?”, questionou o jovem, que participou do Desafio do Fusca, promovido pela Rádio Metrópoles FM neste ano.
Confira as fotos do evento:
A Parada de Brasília é a terceira mais antiga do país e a maior mobilização de direitos humanos da capital federal. Trata-se do segundo maior evento de rua do Distrito Federal, perdendo apenas para o carnaval. Até a última atualização desta matéria, o evento transcorria sem ocorrências, em clima de paz e alegria.