Brasília recebe 50 imigrantes venezuelanos: 20 são crianças
Brasil promove nova etapa de interiorização dos estrangeiros, que estão sendo recebidos, ao longo do dia, em abrigos de quatro capitais
atualizado
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Mais de 100 imigrantes venezuelanos chegaram a Brasília nesta terça-feira (24/7), por volta das 14h45, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) preparado para transporte em missões humanitárias. Desse total, 50 receberão acolhimento na capital da República: essas pessoas constituem famílias com crianças que serão acompanhadas pela organização Aldeias Infantis SOS, a fim de poderem reconstruir suas vidas no Distrito Federal. O restante seguiu viagem para São Paulo e Rio de Janeiro.
Visivelmente cansados, mas com um leve sorriso no rosto, os venezuelanos saíram de Boa Vista (RR) pouco depois das 9h (horário de Brasília), mas foram acordados por volta das 4h para darem início à viagem. Eles integram uma nova etapa do processo de interiorização promovido pelo Brasil para espalhar pelo território nacional as pessoas que fugiram da crise política e econômica na Venezuela e chegaram ao território nacional via Roraima, estado fronteiriço com o país vizinho.
Os venezuelanos estão sendo recebidos, ao longo de todo o dia, em abrigos de quatro capitais. O primeiro destino da aeronave militar que chegou nesta tarde em Brasília foi Cuiabá (MT), onde houve o encaminhamento de 24 pessoas para o Centro Pastoral do Migrante.
Entre abril e julho deste ano, o processo de interiorização dos imigrantes que pediram refúgio ou residência no Brasil já envolveu o remanejamento de 690 venezuelanos chegados inicialmente no Brasil via Roraima, por onde a maioria entra no país, para outras cidades. Desse total, 267 seguiram para São Paulo; 165, para Manaus; 95, para Cuiabá; 69, para Igarassu (PE); 44, para Conde (PB); e 50, para o Rio de Janeiro (RJ). O acolhimento depende da existência de vagas em abrigos e do interesse das cidades de destino em participar do processo.
Em nota, a Casa Civil da Presidência da República informou que, antes do acolhimento, são feitas reuniões com autoridades locais e coordenação dos abrigos para definição de detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da língua portuguesa e cursos profissionalizantes.