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DF: vigilante que matou ex no Sudoeste é transferido para Papuda

Preso preventivamente, Alan Fabiano Pinto de Jesus estava internado no Hospital de Base até o início desta semana, sob custódia

atualizado

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Alan Fabiano Pinto de Jesus
1 de 1 Alan Fabiano Pinto de Jesus - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

O vigilante Alan Fabiano Pinto de Jesus, 45 anos, assassino confesso da funcionária terceirizada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana de Melo Ferreira, 49, foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado no Complexo Penitenciário da Papuda. O homem estava internado no Hospital de Base até o início desta semana, sob custódia.

Ele se encontrava preso desde 24 de dezembro, um dia depois que o corpo da vítima de feminicídio foi encontrado pela filha no apartamento onde morava, no Sudoeste Econômico. Em audiência de custódia, realizada no dia 25, a Justiça decretou a prisão preventiva de Alan (foto em destaque).

Mais de uma semana após o crime, o vigilante confessou ter matado a ex-namorada porque ela não quis reatar o relacionamento. O depoimento prestado ao investigadores, na segunda-feira (30/12/2019), durou mais de duas horas.

De acordo com a polícia, o vigilante contou que foi à casa de Luciana na tentativa de reatar. Mas, de acordo com ele, a mulher teria dito que não queria conversa e tentou tirá-lo da residência.

Alan falou que ela pegou uma tesoura para atacá-lo e ele só se defendeu. Para os investigadores, entretanto, essa versão não bate com os resultados dos laudos. Os peritos encontraram 48 perfurações no corpo de Luciana, a maioria nas costas.

Câmeras de segurança registraram a presença do suspeito na escada do prédio onde o crime ocorreu. Ele aparece nas imagens (veja abaixo) munido de um objeto ainda não identificado.

“O crime está enquadrado em homicídio qualificado pela emboscada, motivo fútil e feminicídio desde que ele foi preso em flagrante. Essa parte está finalizada”, explicou o Ricardo Vianna, delegado-chefe da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro).

As investigações, no entanto, prosseguem com o pedido de medidas cautelares em relação a objetos que desapareceram do apartamento da vítima, como a bolsa de Luciana.

Dia do crime

Imagens do circuito do Bloco A10 da QRSW 2 mostram que o vigilante chegou ao edifício de Luciana às 20h31 do dia 21 de dezembro. Ele abriu a porta com a senha de segurança.

Alan vestia um casaco com capuz. Às 22h32, a vítima chegou. Vinte minutos depois, o vigilante saiu do prédio levando uma bolsa da ex. Os investigadores responsáveis pelo caso acreditam que ele carregou o objeto para simular latrocínio (roubo seguido de morte) e evitar suspeitas sobre ele.

Confira vídeo que mostra Alan no prédio de Luciana:

Tornozeleira

O rapaz usou tornozeleira eletrônica até 4 de dezembro por tentativa de homicídio contra Luciana. Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o acusado teria provocado, de propósito, um acidente de carro para ferir a vítima quando ela disse que queria terminar o relacionamento.

tentativa de feminicídio ocorreu em outubro deste ano. O vigilante a ameaçou de morte e jogou o veículo em que ambos estavam contra uma árvore. Luciana pulou momentos antes da colisão e se feriu.

Na época, o homem, que é morador de Ceilândia, foi preso em flagrante e denunciado por violência doméstica. Ele passou semanas detido, até que a Justiça concedeu liberdade, mediante uso de tornozeleira eletrônica. Em 21 de outubro, ocorreu a audiência de custódia.

Para ser solto, Alan teve que, além de usar tornozeleira, pagar fiança de R$ 2 mil e se comprometer a manter distância de ao menos 500 metros da vítima. Em 4 de dezembro, a Justiça autorizou a retirada do dispositivo.

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