DF teve queda da inadimplência e aumento da inflação. Confira balanço
Boletim do segundo trimestre de 2024 apresentou também crescimento das vendas do varejo e queda nas taxas de juros
atualizado
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Durante o segundo trimestre de 2024, o Distrito Federal teve uma queda da inadimplência familiar, um aumento no volume de vendas do comércio varejista e um crescimento da inflação. Os dados são do 29º Boletim de Conjuntura do Distrito Federal, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF).
Segundo o relatório, o setor de vendas cresceu 5,2% durante os meses de abril, maio e junho deste ano, impulsionado pela queda nas taxas de juros e pela ampliação do acesso ao crédito. O crescimento foi de 10,27% em comparação ao mesmo período de 2023. A área em destaque foi o setor de venda de automóveis e peças (26,12%).
O boletim apontou ainda um aumento da inflação, que acelerou de abril a junho de 2024, posicionando o DF em quarto lugar entre as maiores taxas regionais de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil.
A alta foi motivada por reajustes nos preços de gasolina e dos planos de saúde, além de aumentos das tarifas de água e esgoto e preço dos alimentos, impactando mais intensamente as famílias de baixa renda.
A taxa de inadimplência das famílias, por sua vez, recuou 0,09 ponto percentual, chegando a 3,76% em junho deste ano. O resultado foi menor do que o índice registrado em junho de 2023, quando a inadimplência familiar alcançou 4,16%.
Emprego, Crédito e mercado externo
O setor de serviços também apresentou um crescimento moderado durante o período, de 2,7%. As áreas que mais se destacaram foram as de serviços profissionais, administrativos e de informação e comunicação.
A taxa de desemprego ficou estável em 15,7%, com a criação de mais de 11 mil postos de trabalho no setor formal, especialmente em áreas como saúde, serviços sociais, administração e comércio.
O boletim da IPEDF apontou ainda um crescimento real de 1,1%. nas operações de crédito do DF, que atingiram R$ 153,61 bilhões em junho de 2024. As operações com pessoas físicas também tiveram um saldo positivo de 1,7% em relação ao mesmo período de 2023.
No campo do comércio internacional, a capital federal teve um aumento no déficit da balança comercial, atribuído ao crescimento das importações, especialmente devido às compras públicas do Governo Federal. No entanto, as exportações, que haviam desacelerado no trimestre anterior, mostraram sinais de recuperação, contribuindo para um equilíbrio no setor externo.