Em fim de semana violento, DF teve ao menos três mortos e quatro feridos
Casos ocorreram entre 6ª feira e domingo, em diferentes partes do Distrito Federal. Uma das vítimas foi assassinada a marteladas
atualizado
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Em um fim de semana marcado por registros de violência, o Distrito Federal teve ao menos três pessoas mortas e quatro feridas por armas de fogo ou brancas, entre sexta-feira (24/2) e domingo (26/2).
Em um dos casos, um pedreiro que trabalhava na casa de uma família, no Itapoã, foi morto a marteladas (leia abaixo). O suspeito de cometer o crime é André Damasceno Gonçalves (imagem em destaque), 34, que teria tido um surto na hora do crime.
No caso mais recente, registrado no domingo (26/2), um homem morreu após levar três facadas no peito. O crime ocorreu no Setor H Norte, em Taguatinga, por volta das 23h. A vítima — que não teve a identidade divulgada — não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O autor do homicídio se apresentou à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) e foi levado para a 12ª DP (Taguatinga Centro), onde acabou preso em flagrante.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso como homicídio, e apura a motivação do crime.
Tentativa de homicídio
Na mesma data, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu um suspeito de tentar matar uma pessoa na 706 Norte. A equipe monitorava a região e recebeu informações sobre a ocorrência.
O crime teria ocorrido porque a vítima teria se recusado a pagar comida ao agressor. A pessoa esfaqueada foi levada para o Hospital de Base pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Os envolvidos não tiveram os nomes divulgados até o momento.
PM mata assaltante
No sábado (25/2), um policial matou um assaltante que havia acabado de roubar um carro. Pedro Lucas Rodrigues Menezes, 25 anos, morreu baleado após apontar um revólver calibre 32 para a equipe da PMDF e resistir à prisão. A ocorrência do caso foi registrada na 20ª DP (Gama).
O suspeito e um comparsa fugiram com o carro roubado de duas mulheres, no Setor Sul do Gama. Durante perseguição, o motorista do veículo perdeu o controle da direção e parou o automóvel após um acidente, no Setor Oeste da região administrativa. O condutor se entregou à polícia, mas Pedro Lucas não obedeceu às ordens dos PMs.
Violência contra a mulher
Na noite de sexta-feira (24/2), um homem de 27 anos foi preso após esfaquear a companheira, de 23. A vítima sofreu ferimentos na perna e no rosto. O caso ocorreu no bairro Buritis II, em Planaltina (DF).
Vítima e agressor assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) — por dano, ameaça e vias de fato —, documento registrado em casos que envolvem crimes de menor potencial ofensivo.
Na mesma região administrativa, uma mulher ficou ferida no nariz e na testa, depois de também ser esfaqueada pelo companheiro, na madrugada de sábado (27/2).
A vítima apresentava sinais de embriaguez, segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), e foi levada para o hospital, devido aos ferimentos. Os dois envolvidos foram liberados após pagamento de fiança de R$ 1,3 mil cada.
Baleado em casa
Na noite de sexta-feira (24/2), um homem de 31 anos foi baleado em casa, na Colônia Agrícola Aguilhada, às margens da BR-251, atrás da Unidade de Internação de São Sebastião. A vítima foi levada para o Hospital Regional da Região Lesta (HRPl).
A vítima, um homem que não teve a identidade divulgada, contou aos policiais que estava em casa, quando duas pessoas armadas chegaram de motocicleta, quebraram vidros e atiraram contra ela. A 30ª DP (São Sebastião) apura o caso.
Pedreiro morto a marteladas
Também na sexta-feira (24/2), André Damasceno Gonçalves (imagem em destaque), 34, matou o pedreiro José Pereira de Souza, 52, a marteladas. A vítima, que trabalhava em uma obra na casa da mãe do agressor, dormia no momento do crime.
A família de André afirmou aos investigadores que ele seria dependente químico e teve um surto na hora do assassinato. O suspeito fugiu, mas acabou preso em flagrante, poucas horas depois, no Trecho 7 do Setor de Mansões do Lago Norte.
A 6ª DP (Paranoá) apura o caso. Na delegacia, André não conseguiu prestar depoimento, devido ao estado em que se encontrava — alterado, com fala desconexa e confusão mental.