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DF terá mosquitos infectados com bactéria para combater a dengue

DF passará a utilizar novo método que emprega mosquitos infectados para conter a dengue e outras doenças

atualizado

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Biofábrica - Metrópoles
1 de 1 Biofábrica - Metrópoles - Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil

O Distrito Federal passará a usar mosquitos Aedes aegypti alterados para evitar uma nova epidemia de dengue. Conhecidos como wolbitos, os insetos são infectados com uma bactéria capaz de parar a reprodução de vírus causadores de dengue, zika, chikungunya e febre amarela dentro deles, impedindo a transmissão das doenças aos humanos.

Depois, esses mosquitos, são liberados na natureza para que se reproduzam com os insetos locais, estabelecendo, aos poucos, uma nova população totalmente infectada com a bactéria e incapaz de transmitir os vírus. Esse método de combate à dengue leva o nome da bactéria utilizada, a wolbachia.

Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), o método é sustentável, seguro e eficaz, sem o uso de pesticidas. Atualmente, o método está em fase preliminar de implementação.

A pasta espera cobrir uma área equivalente a uma população de 560 mil habitantes. Serão priorizadas regiões de maior risco, como São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá, Planaltina, Itapoã. Este planejamento ainda poderá sofrer alterações.

Não é transgênico

A wolbachia está presente em aproximadamente 60% dos insetos, mas não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. A bactéria não infecta humanos ou outros mamíferos. Os wolbitos são cultivados em biofábricas (foto em destaque). Eles não são transgênicos, já que tanto os insetos como as bactérias não passam por modificação genética.

A instituição internacional World Mosquito Program (WMP) detém a patente da tecnologia. No Brasil, o método é coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais.

O método já empregado em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.

No DF, o fornecimento dos ovos dos mosquitos será pela WMP, a partir de um contrato com o Ministério da Saúde. O orçamento do investimentos ainda não está definido.

Segundo a Secretaria de Saúde, o método tem resultados positivos no controle da dengue. “A expectativa é que também tenha impacto na mitigação ou mesmo prevenção de epidemias das demais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como zika, chikungunya e febre amarela”, argumentou a pasta.

Conscientização

O uso do wolbitos é uma nova estratégia no combate contra a dengue. Mas, neste momento, a conscientização da população é fundamental. Famílias devem evitar deixar água parada e jogar entulhos e lixo nas ruas, pois estes pontos podem se tornar focos de multiplicação do mosquito.

Apesar da redução do número de casos na comparação entre 2024 e 2025, o DF tem 200 grandes pontos de descarte ilegal de lixo.

Além disso, a maior parte das crianças e adolescentes que podem tomar vacina contra a dengue, com idades entre 10 e 14 anos, não se imunizaram.

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