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DF vai fritar: temperatura média subirá 3°C nos próximos anos

Estudo da Secretaria do Meio Ambiente também aponta tendência para a capital com estações de seca mais prolongadas até 2100

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Fotografia colorida de sol iluminando cidade
1 de 1 Fotografia colorida de sol iluminando cidade - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um estudo realizado pela Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema) traz dados alarmantes sobre como ficará o clima da capital nos próximos anos. Temperaturas mais altas, umidade mais baixa e estações de seca prolongadas são algumas das conclusões apontadas pelo Estudo Técnico de Projeções Climáticas para o DF.

As temperaturas poderão subir 3 graus até o fim do século — na pior das hipóteses, a elevação chegaria a até 8 graus. Os cenários estudados, impostos pelas mudanças climáticas até 2100, apontam ainda o aumento do número de dias e noites quentes ao longo do ano.

A umidade, que castiga muitos brasilienses durante o período da seca, também deve piorar nas próximas décadas. A tendência é de redução dos atuais 35% a 55% de umidade relativa para 20% a 45%. Neste ano, o índice chegou a 8% — inferior ao registrado no deserto do Saara, por exemplo.

Há ainda um alerta em relação à redução nos índices de precipitação, com aumento do número consecutivo de dias de estiagem e diminuição no número de dias consecutivos chuvosos. Em 2019, foram 113 dias de estiagem.

As chuvas começaram a cair com mais frequência na capital somente em novembro. A intensidade, que vem causando cada vez mais transtornos no DF, também é um resultado das mudanças climáticas.

Busca por soluções

O secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou ao Metrópoles que os resultados são preocupantes. “O estudo é baseado no que há de mais moderno em projeções. Portanto, tem uma credibilidade muito grande. Temos que buscar novas posturas”, afirma.

Com a alta probabilidade dos cenários se confirmarem, será necessário elaborar estratégias de enfrentamento às mudanças do clima na capital. Os impactos nas bacias hidrográficas, nos usos múltiplos da água, na energia, nas atividades agropecuárias e na utilização do uso do solo serão analisados para que sejam os menores possíveis.

Sarney Filho chama atenção para a questão hídrica, que deverá ter estudos focados em reuso de água, diminuição do consumo de água, entre outras ações. A insegurança no setor é conhecida pelos brasilienses.

Em 2017, o DF enfrentou uma grave crise de desabastecimento dos reservatórios, que durou um ano e cinco meses. O reservatório do Descoberto chegou a atingir o volume de apenas 5,5%.

Os resultados apontam ainda para a necessidade do aumento da vegetação em todo o DF e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Apesar das grandes áreas com cobertura e gramíneas, as árvores são encontradas em menor quantidade.

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