DF tem mais de 8,6 mil pessoas em situação de rua neste fim de ano
Estudo aponta que 8.621 pessoas vivem em situação de rua no DF neste mês; número representa aumento de 8% em comparação com dezembro de 2023
atualizado
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Neste fim de ano, 8.621 pessoas vivem em situação de rua no Distrito Federal. Houve um aumento de 8% na quantidade de moradores de rua em comparação com dezembro do ano passado, quando havia 7.982 pessoas vivendo nessas condições.
Os dados foram divulgados pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/Polos), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os números apresentam a realidade em dezembro de 2024 com base em informações disponibilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social no CadÚnico.
Atualmente, segundo o levantamento, o Brasil tem 327.925 pessoas em situação de rua, sendo que 43% vivem no estado de São Paulo. A capital federal representa cerca de 3% dessa população.
Veja as capitais com mais pessoas em situação de rua:
1. São Paulo (SP) – 92.556 pessoas
2. Rio de Janeiro (RJ) – 21.668 pessoas
3. Belo Horizonete (MG) – 14.319 pessoas
4. Fortaleza (CE) – 9.952 pessoas
5. Salvador (BA) – 9.774 pessoas
6. Brasília (DF) – 8.621 pessoas
7. Boa Vista (RR) – 7.168 pessoas
8. Porto Alegre (RS) – 5.373 pessoas
9. Curitiba (PR) – 4.244 pessoas
10. Florianópolis (SC) – 3.817 pessoas
De acordo com o professor André Luiz Freitas Dias, coordenador do OBPopRua/Polos, o crescimento da população em situação de rua no Brasil se deve a alguns fatores fundamentais. O primeiro deles é o fortalecimento do CadÚnico como principal dispositivo de registro da população em situação de rua e de acesso às políticas públicas sociais no país.
Além disso, outro aspecto que explica o crescimento é a ausência ou insuficiência de políticas públicas estruturantes voltadas à população em situação de rua, principalmente, de moradia de trabalho e de educação. O professor aponta que, a cada 10 pessoas em situação de rua no país, 7 não terminaram o ensino fundamental e 11% encontram-se em condição de analfabetismo, dificultando o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades.