DF tem 4 casos de varíola dos macacos. Veja o que fazer se há suspeita
A Secretaria de Saúde confirmou, nessa terça, mais três casos de varíola dos macacos no DF. Saiba como proceder em caso de suspeita
atualizado
Compartilhar notícia
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal comunicou, nessa terça-feira (12/7), mais três casos confirmados de varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. Já são quatro registros da doença no DF. Todos importados, já que a vigilância epidemiológica não constatou transmissão comunitária.
Os pacientes são do sexo masculino, na faixa etária de 20 a 39 anos, e estão em isolamento domiciliar. Também são monitorados pela Secretaria de Saúde. Outros três casos seguem sob investigação.
Varíola dos macacos: saiba os principais sintomas e como é tratamento
De acordo com a Secretaria de Saúde, além das unidades básicas de saúde (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox. Antes da confirmação da doença, a pasta preparou nota técnica orientando os profissionais a como prosseguir em possível caso de varíola dos macacos no DF. O documento pode ser lido na íntegra neste link.
A doença não tem, na maioria das vezes, consequências graves. No entanto, o melhor caminho é o esclarecimento e a prevenção. Tire as dúvidas sobre a doença a seguir:
O que é a monkeypox?
É uma zoonose, isto é, uma doença de origem animal transmitida para humanos. Trata-se de um vírus infectocontagioso.
O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958, quando pesquisadores investigavam surto infeccioso em macacos africanos em estudo na Dinamarca, segundo informações da Instituto Oswaldo Cruz.
Como é transmitida?
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de pessoa para pessoa ocorre com contato físico próximo a casos sintomáticos. A infecção ainda se dá a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados. O vírus da monkeypox sobrevive por até 90h em superfícies.
Por quanto tempo uma pessoa pode transmitir?
O período de incubação do vírus é, em média, de cinco a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele.
É recomendado que se evite contato com pessoas com diagnóstico positivo, além de higienizar bem as mãos. Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, estes itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum.
Quais os sintomas?
Os principais sintomas são erupções na pele e alteração da temperatura corporal acima de 37,5ºC. A pessoa também pode ter dor no corpo, na cabeça e na garganta. O período febril tem duração de cerca de cinco dias. Conforme a febre diminui, as lesões na pele começam a aparecer. Inicialmente, é uma lesão avermelhada, que se eleva e vira uma bolha com presença de líquido incolor, que, com o passar dos dias, passa a ter tom mais amarelado e evolui para um processo de cicatrização, virando uma crosta e, depois, se rompe da pele.
As lesões na pele duram de duas a quatro semanas. Casos graves ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas e estão relacionados ao estado de saúde do paciente e à natureza das complicações.
As lesões são bem características, podendo se parecer com manchas de catapora ou sífilis. O diagnóstico deve ser laboratorial, uma vez que apenas a presença da lesão não permite um diagnóstico definitivo, tanto para descarte quanto para confirmação do caso.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, cicatrizes ou áreas de hipocromia ou hipercromia podem permanecer após a queda das crostas. Uma vez que todas as crostas caírem, a pessoa infectada não é mais contagiosa.
As erupções são inflamações na pele, sendo possível sentir dores localizadas nas lesões. Além disso, a doença pode apresentar, inicialmente, dor muscular, de cabeça e de garganta.
É uma doença de lesões com característica centrífuga. Isso significa que as erupções não se localizam no centro no corpo, mas nas extremidades. É comum que apareçam na face, nos membros inferiores e superiores e nas regiões genitais. Também é possível tê-las dentro da boca e até mesmo serem confundidas com aftas.
Como é feito o tratamento?
Não há tratamento específico para monkeypox. O manejo clínico deve incluir o tratamento sintomático e de suporte, manejo de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo.
Os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e devem ser orientados a manter as lesões cutâneas limpas e secas. É importante que a pessoa não tente furar nem cutucar a bolha.
Qual é o grau de letalidade da doença?
Os óbitos são eventos raros. Os estudos hoje disponíveis são de casos registrados em países africanos.
Como é feita a comprovação de infecção por monkeypox?
Atualmente, há apenas um laboratório em todo o Brasil habilitado para fazer o diagnóstico da doença. Até o momento, não há teste específico na rede pública ou privada.
Quando uma pessoa apresenta os sintomas, os serviços de saúde precisam comunicar imediatamente a vigilância epidemiológica. Amostras de material biológico das lesões são coletadas para encaminhamento ao laboratório de referência.
Há algum perfil de maior risco?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a monkeypox não tem associação a nenhum grupo específico e pode atingir qualquer pessoa. Porém, o público principal que apresenta maior risco à infecção é formado por profissionais da saúde.
Pessoas que em viagem internacional tiveram algum tipo de contato íntimo com habitantes de países que registraram surto também podem estar mais suscetíveis à contaminação. Caso uma pessoa apresente os sintomas, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação de um profissional da área.
Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre o Distrito Federal por meio do WhatsApp do Metrópoles-DF: (61) 9119-8884.