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DF tem 308 mil desempregados. Taxa entre os chefes de família recua

Também há mais mulheres desempregadas (53,3%) do que homens (46,7%) no Distrito Federal, segundo PED de julho

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um dos temas mais tratados pelos buritizáveis, o desemprego continua assombrando os brasilienses. O número de pessoas sem uma vaga formal no mercado de trabalho no Distrito Federal somou 308 mil em julho de 2018. Houve um pequeno recuo, de 0,5%, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Na prática, o saldo é de menos 12 mil pessoas fora do mercado de trabalho.

Outra boa notícia é que a taxa entre os chefes de família caiu 18,9%, nos dois períodos, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF) divulgada nesta quarta-feira (29/8).

“Sempre que ouvimos que o chefe de família está se recolocando no mercado, isso nos causa alento. Sabemos que, assim, os jovens podem deixar de trabalhar para se dedicar aos estudos”, diz o secretário de Trabalho, Wagner Rodrigues.

A coordenadora da pesquisa por parte do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adagilza Lara Amaral, afirmou ainda que o dado influencia na taxa de desemprego geral. “Se os chefes de família conseguem emprego, os outros membros da família não pressionam o mercado em busca de novas vagas”, disse.

 

Manoela Albuquerque / Metrópoles
Primas, Larissa e Tatiana foram juntas até a Agência do Trabalhador

A estudante de administração Larissa Aparecida, de 28 anos, fez o cadastro na Agência do Trabalhador do Setor Comercial Sul, na manhã desta quarta. Há dois anos fora do mercado, seu último emprego foi como secretária no Ministério da Defesa.

Mãe de um menino de 3 anos, a estudante busca renda para conseguir sua independência. O avô da criança trabalha fazendo bicos, e a avó é diarista. “Sou mãe solteira e preciso me manter. Estou procurando esse emprego para morar sozinha”, contou.

A prima de Larissa, Tatiana Alves da Silva, 30, deixou o emprego antigo, na área administrativa de uma empresa de transporte público. Apesar de não ter ensino superior, ela explorou outras habilidades ao longo da vida profissional e espera conseguir novas oportunidades. Na faixa etária dela, de 25 a 39 anos, o desemprego caiu 5,3%, comparando-se os números de julho de 2018 aos de julho de 2017.

“Eu saí porque estava muito sobrecarregada, e o salário era incompatível. Estou em busca de uma renda melhor. Eu já fui cobradora e até manicure. Percebi que as vagas na minha área estão aumentando, e isso me motiva”, afirmou.

Os jovens de 16 a 24 anos, no entanto, continuam sofrendo mais com a falta de oportunidades. Eles representam 42,9% dos desempregados no DF. Em julho, houve aumento de 9,9% no desemprego para essa faixa etária, em comparação ao mesmo mês em 2017.

A taxa para pessoas sem experiência no mercado também aumentou, em 17,9%. Para aqueles já experimentados, a queda foi de 11,1%.

Formalização
Quatro mil trabalhadores deixaram de ser autônomos em julho, em relação a junho, enquanto 3 mil tiveram a carteira assinada. A pesquisa registrou 5 mil novos assalariados com base na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). 

O rendimento médio dos 10% mais pobres aumentou 9,3%, enquanto o dos 10% mais ricos caiu 8%. Mesmo assim, a disparidade salarial entre eles é grande: vai de R$ 639 a R$ 13 mil, respectivamente. Também há mais mulheres desempregadas (53,3%) do que homens (46,7%). Do total de indivíduos sem uma vaga formal, 76,5% são negros.

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