1 de 1 Na imagem colorida, um frasco com ima agulha dentro e uma mão segurando o franco estão posicionados no centro. No fundo ha potes e outros frascos
- Foto: Josué Damacena/Fiocruz
O Distrito Federal registrou, nesta quinta-feira (13/1), uma taxa de 2,12 na transmissão da Covid-19. O índice é 0,01 maior que o de quarta (12) e representa a oitava alta seguida na capital.
O número tão alto significa significa que, a cada 24 horas, a quantidade de infectados pela doença está mais do que dobrando. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, a capital registrou 2.630 casos novos em relação ao dia anterior.
Mais cedo, a Secretaria de Saúde informou que espera um aumento no número de internações e óbitos pela Covid-19, devido ao avanço da variante Ômicron. A pasta acompanha a evolução da ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos hospitais da rede pública e, se necessário, poderá mobilizar mais leitos.
Em coletiva de imprensa, o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, afirmou que as hospitalizações devem aumentar nos próximos dias, com o pico de casos de Covid-19 no início deste ano. No entanto, ele pontuou que, devido ao avanço da vacinação, o aumento não será proporcional à quantidade de casos da doença, como ocorreu nas primeiras ondas.
“Mesmo que grande parte dos casos sejam leves, é esperado um aumento nas internações, um aumento no número de óbitos, principalmente nessa fase de pico [de contaminações por Covid-19]. Entretanto, não será um aumento proporcional, não será o que vivemos na primeira ou na segunda onda. Será algo muito menos proporcional. E é o que estamos vendo no Distrito Federal: [a quantidade de mortes] não está acompanhando essa rápida aceleração”, disse.
Além do resultado do Laboratório Central (Lacen), mais 13 amostras foram analisadas pelo Hospital da Criança, e confirmadas, também, com a infecção pela nova variante.
Covid-19: o que se sabe sobre a variante Ômicron até o momento:
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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Festas, shows e aglomeração no DF
Na quarta-feira (12/1), um novo decreto do Palácio do Buriti, publicado em edição extra no Diário Oficial, proibiu a realização de shows, festas e festivais no Distrito Federal com cobrança de ingressos. A iniciativa tem a intenção de frear a taxa de transmissão no DF, que tem registrado alta, dia após dia.
Ainda na quarta-feira, a taxa de transmissão da Covid-19 registrou o índice de 2,11. O número significa que, a cada 24 horas, a quantidade de infectados pela doença tende a dobrar.
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, a capital registrou 3.813 novos casos em relação ao dia anterior. Segundo o GDF, 90% das hospitalizações são de pessoas não vacinadas ou com o ciclo de imunização incompleto.
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