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DF tem 227 mil crianças e adolescentes que vivem na linha da pobreza

A miséria atinge 574 mil pessoas. Deste total, 39,57% são menores de idade

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1 de 1 foto-pobreza-atinge-227-mil-crianças-e-adolescentes-no-DF - Foto: Rafaela Felicciano / Metrópoles

A pobreza ameaça o futuro de 227.200 crianças e adolescentes no Distrito Federal. Pequenos e jovens sobrevivem em famílias com renda mensal por pessoa (per capita) igual ou inferior a meio salário mínimo.

O mapeamento da pobreza na infância e na juventude faz parte dos registros do Cadastro Único (CadÚnico), instrumento usado pelo poder público para listar as famílias de baixa renda aptas para receber auxílio do governo.

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A creche sofre com queda das doações e necessita de reformas, a exemplo dos banheiros
A creche oferece a principal refeição para grande parte das crianças
A pobreza é agravada por problemas como a sujeira que toma das ruas de Santa Luzia
Santa Luzia é uma das regiões mais carentes do DF
Com a pandemia, a pobreza se agravou em todo DF
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Tia Tatá coordena uma creche comunitária em Santa Luzia, na Estrutural. O espaço oferece alimentação e aulas de reforço

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A creche sofre com queda das doações e necessita de reformas, a exemplo dos banheiros

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A creche oferece a principal refeição para grande parte das crianças

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A pobreza é agravada por problemas como a sujeira que toma das ruas de Santa Luzia

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Santa Luzia é uma das regiões mais carentes do DF

Santa Luzia é uma das regiões mais carentes do DF
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Com a pandemia, a pobreza se agravou em todo DF

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O DF tem 574 mil pessoas vivendo na pobreza. Deste total, 39,57% são crianças e adolescentes

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Segundo o CadÚnico, 150.816 crianças de 0 a 11 anos vivem em famílias em situação de vulnerabilidade social. Por outro lado, 76.384 adolescentes de 12 a 17 anos enfrentam a pobreza.

No DF, 574.137 pessoas vivem na pobreza. Deste total, 346.937 têm idade acima de 17 anos. Em outras palavras, 39,57% da população em situação de vulnerabilidade social é formada por crianças e adolescentes.

50 mil famílias

O Metrópoles noticiou o avanço da miséria no DF na reportagem: “Na pandemia, mais 50 mil famílias entraram na linha da pobreza no DF”. A matéria destacou o trabalho de uma creche comunitária em Santa Luzia, na Estrutural, coordenada por Maria da Conceição Ferreira, conhecida na comunidade como tia Tatá, 49 anos. O projeto cuida de 81 meninos e meninas carentes, enquanto os pais estão no trabalho.

O espaço oferece alimentos e acolhimento para crianças de 2 a 5 anos e também aulas de reforço escolar para pequenos de 4 a 11 anos.

Menos doações

A creche passou a receber quantidades menores de doações, especialmente de alimentos. “Ou muito ou pouco, graças à Deus, nunca faltou comida para as crianças. Deus não deixa”, comentou.

Segundo tia Tatá, a alimentação oferecida pela creche é a principal refeição de grande parte das crianças. Por isso, cada refeição é feita com muito carinho e cuidado.

As aulas de reforço também são prioridade. Atualmente a sala conta com uma professora, mas tia Tatá gostaria de contar com pelo menos mais uma profissional para reforçar o aprendizado das crianças. Tatá também busca apoio para fazer reformas nos banheiros e ampliar o espaço para apoiar a comunidade. Quem quiser apoiar a creche comunitária pode entrar em contato com tia Tatá pelo telefone (61) 99648-3772. O número também é o Pix do projeto.

Atenção familiar

Durante a pandemia de Covid-19, a pobreza avançou de diversas formas pelo DF. A população em situação de rua quadruplicou. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) tem políticas de assistência social dentro do contexto familiar. De acordo com a assistente social da Sedes Kariny Alves, todos os serviços têm atendimento voltado ao público infanto-juvenil.

“Quando a gente fala de criança, a gente está falando, dentro do contexto da política de assistência social, fala em atendimento à família, em um atendimento completo, em todas as faixas etárias e todos os indivíduos da família”, explicou.

A pasta também oferece dois projetos específicos para as crianças e jovens: o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Serviço de Acolhimento da Criança e do Adolescente.

“Nós temos também o momento em que a criança passa por alguma violação de direito, passa por algum momento em que ela precisa ser afastada do convívio familiar. Nós também temos a função protetiva do acolhimento”, contou.

Acolhimento

A Sedes possui unidades para fazer o acolhimento dessas crianças e jovens em risco. O governo local também oferece o programa Família Acolhedora, para deixar os pequenos com famílias habilitadas, até o possível retorno para os pais ou encaminhamento para o processo de adoção, em casos extremos.

Durante a pandemia, em caráter emergencial, segundo Kariny, houve a ampliação do número de benefícios sócio assistenciais, o programa Prato Cheio, o Cartão Gás e o DF Social.

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