DF tem 1º time de futsal formado por jogadores com síndrome de Down
Equipe de futsal formada por pessoas com síndrome de Down tem 50 inscritos e fará treinos no Ginásio Poliesportivo do Cruzeiro, aos sábados
atualizado
Compartilhar notícia
Pela primeira vez, o Distrito Federal terá um time de futsal formado por pessoas com Síndrome de Down. O clube Futsaldown do DF, como toda grande equipe, tem, inclusive, um centro de treinamento, no Ginásio Poliesportivo do Cruzeiro. O espaço será usado para treino dos atletas nas tardes de sábado.
Além de promover a prática do esporte, a iniciativa visa permitir que jovens e adultos com a trissomia do cromossomo 21 se integrem em atividades sociais.
Presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBasd), Cléo Bohn, 57 anos, é mãe da jogadora Giovanna Pinelli, 14. A organizadora do time conta que a ideia de montar a equipe de futsal partiu de exemplos que surgiram em outras partes do país. Entre os primeiros estão a Ponte Preta e o Corinthians.
Atualmente, o Futsaldown do DF conta com mais de 50 atletas inscritos. “O benefício não é só para pessoas com Down. Essa é uma oportunidade para todos saírem de casa, praticarem o esporte e conviverem em sociedade. Isso é muito importante, não só para pessoas com a síndrome, mas para que os demais conheçam as dificuldades deles e respeitem, porque cada um de nós veio ao mundo de uma forma diferente”, enfatiza Cléo.
A presidente da FBasd relata que o assunto ganhou importância na vida dela após o nascimento de Giovanna. “É sabido que todos os esportes beneficiam a qualidade de vida. Hoje, nossa filha tem 14 anos. Quando ela nasceu, o geneticista nos disse que a expectativa de vida com uma pessoa com síndrome de Down girava em torno de 48 anos. Hoje, a deles está quase igual à da população em geral, porque houve muitos avanços na medicina e em terapias”, compara a organizadora do time.
Apoio
Ciente da importância da importância da prática de esportes para pessoas com Down, Cléo procurou interessados em apoiar o projeto. A proposta gerou entusiasmo entre a comunidade. Então, um técnico, um educador físico e uma terapeuta ocupacional se apresentaram como colaboradores voluntários.
“Agora, buscamos parcerias nas áreas de fisioterapia, massagem e nutrição, para que esses jovens e adultos tenham atendimento durante as atividades e estejam preparados para os treinos”, afirma Cléo.
A criação do time foi oficializada em uma cerimônia, no último sábado (19/8). A próxima meta, segundo Cléo, é atrair patrocinadores, para que o time dispute jogos de campeonatos.
“O objetivo inicial é de que eles tenham mais uma atividade física, principalmente os adultos. Alguns que já passaram da fase de ir para a escola ficaram muito em casa após o início da pandemia. A ideia é que eles tenham uma melhora na qualidade de vida”, completa a presidente da FBasd.