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DF tem 102 casos confirmados de monkeypox, diz Secretaria de Saúde

Outros 116 casos considerados suspeitos, que aguardavam a confirmação dos exames laboratoriais, tiveram resultado negativo

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1 de 1 banco de imagem seringa variola macaco monkeypox saude doença - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Distrito Federal tem 102 casos confirmados de monkeypox. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11/8) pela Secretaria de Saúde do DF. Do total de infectados, 98 são do sexo masculino e quatro, feminino. Outros 116 casos considerados suspeitos, que aguardavam a confirmação dos exames laboratoriais, tiveram resultado negativo.

Sobre a faixa etária dos casos confirmados, a pasta esclarece que todos os pacientes têm mais de 18 anos, sendo a maioria na faixa etária de 30 a 39 anos.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados

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Desde que o primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox) foi notificado no Reino Unido, há três meses, mais de 27 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença em todo o mundo. Com o aumento de casos cresceram também as dúvidas – nas redes sociais, já começaram a circular informações falsas e imprecisas. Especialistas em saúde pública avaliam que a desinformação e os estigmas em torno da doença atrapalham o enfrentamento.

“A estigmatizarão atrapalha tudo porque vai contra a vida das pessoas. Esses pacientes precisam ser acolhidos, protegidos e ter acesso ao tratamento”, afirma o infectologista José David Urbaez Brito, presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal.

Afim de esclarecer essas dúvidas, o Metrópoles explica quatro mitos sobre o assunto:

Mito 1: “Apenas homens gays e bissexuais correm risco de pegar a doença”

Qualquer pessoa que viva ou tenha contato próximo com um paciente com feridas ou bolhas provocadas pelo vírus corre risco de ser infectada. Isso inclui parentes, parceiros afetivos e sexuais, e profissionais de saúde, independente do gênero ou orientação sexual.

O presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal explica que o início da transmissão da doença coincidiu com grandes eventos do calendário do orgulho gay, e o vírus encontrou nas aglomerações o ambiente perfeito para se disseminar.

“Esse grupo de pessoas, por uma circunstância, estava em maior risco. Poderia ter sido no Carnaval. Muitos fatores fizeram com que o vírus encontrasse uma forma mais eficiente de transmissão. Isso não quer dizer que tenha relação com a orientação sexual”, afirma.

Mito 2: “O vírus não é transmitido pelo ar, logo, não preciso fazer isolamento”

O isolamento faz parte das medidas para conter o surto. Segundo Urbaez, o paciente deve ser permanecer de quarentena por cerca de 21 dias (três semanas) ou até que todas as lesões estejam completamente cicatrizadas e sem casquinhas.

Mito 3: “O vírus é transmitido como o HIV”

Embora o vírus da varíola dos macacos já tenha sido encontrado em uma amostra de sêmen, ainda não está comprovado se a transmissão pode ocorrer pelo contato com o esperma ou fluidos vaginais. Ainda assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a doença como uma infecção sexualmente transmissível (IST).

O contágio ocorre principalmente quando há contato próximo (que acontece pelo beijo, abraço, relação sexual oral ou com penetração) com os fluidos das feridas e bolhas de um paciente infectado. Outras vias de transmissão são o compartilhamento de objetos e superfícies.

Mito 4: “A varíola dos macacos tem alto risco de morte”

Embora a doença possa causar quadros graves – com dor intensa causada pelas lesões na pele, acometimento da mucosa retal e cicatrizes permanentes por todo o corpo –, a taxa de mortalidade pela infecção do monkeypox está abaixo de 1%.

“Felizmente, a doença tem letalidade muito baixa. Em alguns países da África, a letalidade é mais alta pela falta de acesso ao diagnóstico e tratamento, situação completamente diferente da nossa realidade”, afirma Urbaez.

Pessoas com o sistema imunológico comprometido, recém-nascidos e crianças pequenas correm o risco de desenvolver sintomas mais graves quando são infectadas.

“No passado, entre 1% a 10% das pessoas com varíola dos macacos morreram. É importante notar que as taxas de mortalidade em diferentes contextos podem diferir devido a uma série de fatores, como o acesso aos cuidados de saúde”, disse a OMS, em comunicado.

De acordo com a plataforma Our World In Data, foram registrados cerca de 27 mil casos e nove mortes em todo o mundo entre o início de maio e essa quinta-feira (4/8). Na maioria dos casos, os sintomas evoluem e desaparecem por conta própria em algumas semanas.

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