DF: taxista cobra R$ 85 em corrida, leva celular e dinheiro de foliões
Dois amigos saíam do Babydoll de Nylon quando o homem ficou “rodando” com eles e ainda arrancou com o que estava no porta-malas
atualizado
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Dois foliões do DF passaram sufoco ao pegar um táxi no sábado de Carnaval (2/3). Ao saírem do bloco Babydoll de Nylon, nos arredores do Estádio Mané Garrincha, dois amigos tiveram os pertences furtados e ainda pagaram R$ 85 em viagem para o Guará, cidade localizada a 12,7 km da arena. O condutor teria dados diversas “voltas” no caminho para deixá-los.
Ana*, 30 anos, conta que deixou a folia por volta das 20h, quando a chuva estava forte no DF. “Deixamos nossos pertences no porta-malas: dois coolers, sendo que um estava com carteira, dinheiro, celular e tênis. Entramos no carro e o taxista ficou rodando com a gente. Falei que ele estava longe do Guará, fora do caminho. Quando nos deixou, pagamos R$ 85. Quando descemos, ele arrancou com o carro e levou nossas coisas”, relatou.
Segundo a jovem, que preferiu não se identificar, ela e o amigo iniciaram uma saga atrás dos objetos. Ana ligou em diversas companhias de táxis, mas nenhuma a ajudou a encontrar o motorista. Como o celular tinha localizador, ela conseguiu achar o endereço, em Santa Maria. Depois de perguntar para moradores, chegou à casa do condutor do veículo.
“Descobri que, na verdade, ele não era o condutor cadastrado para dirigir o táxi. O carro é do irmão dele. Chegamos no portão da casa da mãe deles e o homem devolveu nossas coisas. Mas fica a lição: nunca mais ando de táxi”, disse. O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Polícia (Guará).
A reportagem do Metrópoles entrou em contato com o Sindicato dos Taxistas. De acordo com o presidente da entidade, Sued Sílvio Souza, a orientação é que nenhum taxista entregue seus carros a terceiros.
“O sindicato também orienta os passageiros a fazerem ocorrência policial e, em dias de semana, ligar na Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), no número (61) 3233-8534 e denunciar”, instruiu.
Segundo Souza, existe uma demanda antiga para que o serviço funcione nos fins de semana. “Pedimos também um QR Code no vidro dos carros para que os passageiros possam identificar o veículo e o motorista, mas a proposta até hoje não avançou”, disse.
*Nome fictício a pedido da vítima