Contra surto de gripe aviária, DF suspende por tempo indeterminado eventos com aves
Seagri suspendeu também a criação de aves de qualquer espécie ao ar livre ou com acesso a piquetes sem telas na parte superior
atualizado
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Semanas depois de suspender por 90 dias a participação de qualquer espécie de ave em eventos agropecuários, bem como qualquer aglomeração, encontros, torneios e exposição desses animais, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri) prorrogou a medida por tempo indeterminado.
A pasta também proibiu o retorno ao DF de aves que participaram de eventos agropecuários em outras unidades da Federação e a criação de qualquer espécie ao ar livre ou com acesso a piquetes sem telas na parte superior. Os detalhes estão na portaria nº31/2023, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quarta-feira (21/6).
A manutenção das medidas tem como objetivo conter o aumento de ocorrências de gripe aviária de alta patogenicidade em países da América do Sul, sobretudo nos que fazem fronteira com o Brasil.
Gripe aviária no país
Até o início da manhã desta quarta-feira (21/6), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que o Brasil registrou 39 casos de gripe aviária de alta patogenicidade, todos em animais silvestres – a maioria da espécie conhecida como trinta-réis-de-bando. Outros 16 possíveis casos ainda são investigados.
Os registros de gripe aviária estão localizados nos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia. O aumento de casos levou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a declarar, em maio, estado de emergência zoossanitária no país.
O Mapa segue alertando a população para que não recolha aves doentes ou mortas. Nesse caso, a orientação é que os cidadãos acionem o serviço veterinário mais próximo, para evitar que a doença se espalhe.