DF: sem versão de mulher e exame em filho agredido, pai é solto
Polícia Civil alegou que “questões procedimentais” impediram a caracterização do flagrante em que homem bateu na companheira e no menino
atualizado
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O homem acusado de espancar a esposa e o filho de apenas 4 anos, na noite de quarta-feira (01/01/2020), em São Sebastião, não teve o flagrante concluído pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e acabou liberado.
De acordo com o órgão, “questões procedimentais” impediram que Hudson Moreira da Costa, 28 anos, continuasse preso pela violência praticada. Essas “questões” seriam a não apresentação da mulher – para assinar o termo de representação – e do menino – a fim de realizar exame no Instituto de Medicina Legal (IML).
O caso ocorreu dentro da residência onde ele e a mulher moram, no Setor Tradicional de São Sebastião. De acordo com informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o suspeito agrediu o menino e fugiu com ele para dentro de um matagal. A mãe da criança acionou ajuda.
Conforme a mulher, Hudson chegou alterado em casa, gritando, e a agrediu. A criança, então, começou a chorar. Irritado, o pai bateu a cabeça do menino na parede para que ele se calasse. Depois, correu com o filho para o mato, dizendo que “ia fazer uma besteira”.
Ainda segundo os militares, quando chegaram ao local, vizinhos estavam fazendo buscas no matagal à procura de pai e filho. Cães farejadores foram usados.
Negociação
Após algumas tentativas, o homem atendeu o celular e um negociador da PMDF começou a conversar com ele. O pai, de acordo com a corporação, estava bastante exaltado e falava palavrões. Durante a negociação, ele se acalmou e concordou em se entregar com a criança.
Os policiais prenderam o suspeito e resgataram o menino. O filho seguiu para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião e foi transferido ao Hospital Regional do Paranoá (HRPa), onde foi internado com suspeita de trauma na cabeça.
Mais tarde, teve alta. O menino apresentava lesões na cabeça, boca, perna e sangramento no nariz.
O caso foi registrado na 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião). Entretanto, o agressor não permaneceu preso. De acordo com a PCDF, “a mãe da criança não foi localizada para assinar o termo de representação e ter a versão dela reduzida a termo”.
Outro impeditivo, alega a polícia, foi o filho também não ter sido encontrado “para ser encaminhado ao IML e realizar exames”. Buscas foram feitas no HRPa e na casa da família, mas os policiais civis afirmaram não ter conseguido encontrar os envolvidos.