DF está sem Coronavac para vacinar crianças, diz subsecretário
Segundo o gestor, não há doses da vacina contra a Covid-19 para iniciar ou completar a imunização de crianças
atualizado
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O Distrito Federal está com o estoque de doses infantis de CoronaVac — vacina contra a Covid-19— zerado. O subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Divino Valero, confirmou ao Metrópoles que o governo local pediu doses extras ao Ministério da Saúde, mas, até o momento, não obtiveram resposta.
Segundo Divino, não há vacina para iniciar ou completar a imunização de crianças. “Não tem mais CoronaVac. Pedimos 50 mil e queríamos um prazo de entrega, mas não fomos respondidos”, disse.
O subsecretário ainda reforçou que o andamento da vacinação depende da entrega das vacinas por parte do Ministério da Saúde. “O papel da Secretaria de Saúde é executar. Mas, para isso, precisamos das vacinas”.
Questionado, o ministério informou, por meio de nota, que está em tratativas com o laboratório para aquisição de mais doses. “As aquisições levam em conta o ritmo de vacinação deste público e o avanço do número de doses aplicadas. Vale reforçar que as doses são enviadas de acordo com a solicitação de cada estado, considerando o público-alvo planejado e a capacidade de armazenamento”.
Quarta dose para adultos
Em relação à aplicação da quarta dose da vacina para pessoas com menos de 35 anos, Divino afirmou que não há previsão de abaixar a faixa etária do público-alvo desta dose.
“Toda vez que é liberado um lote de vacina, ele vem com um regramento referendado por um estudo científico. No caso da vacina a ser aplicada em quem tem menos de 40 anos, o ministério afirmou que não tem nenhum estudo que referendo que a vacina dará resultado nesse público. Por isso, não recomenda e não envia as doses”.
O gestor revelou que, quando o GDF abaixou o idade do público para 35 anos, o ministério enviou um ofício reiterando a posição de não aplicar a quarta dose em quem tem menos de 40 anos.
Cenário da Covid
Nesta quarta-feira (9/11), a taxa de transmissão da Covid chegou a 1,29 no DF. O valor aponta que um grupo de 100 pessoas é capaz de infectar outras 29. Quando está acima de 1, o índice sugere que a pandemia está avançando.
Os dados constam no mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado apenas em dias úteis.
Desde o início da crise sanitária, o DF registrou 843.665 casos e 11.832 mortes pela doença.