DF registra maior taxa de transmissão do coronavírus no ano
Em 24 horas, índice de reprodução da Covid-19 saltou na capital, o que fez o governo editar decretos com medidas restritivas
atualizado
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Boletim Epidemiológico emitido às 17h desta terça-feira (3/2), produzido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), aponta que a taxa de transmissão do coronavírus no DF é a mais alta do ano de 2021.
Os boletins são feitos a partir do cruzamento de dados das redes pública e privada de saúde. Na semana passada, em 24 horas, foram registrados 1.068 novos casos.
Os cientistas usam a taxa R(t) para entender a velocidade com que o coronavírus se espalha. Ele também pode ser chamado de índice de transmissibilidade. A taxa mede para quantas pessoas um infectado transmite a doença.
Na quinta-feira (25/2), o DF registrou um índice de 0,89. Um dia depois, a taxa subiu para 1,08. Portanto, segundo os números dessa sexta-feira (26/2), 100 infectados transmitem a Covid-19 para 108 pessoas.
“Se R(t) for menor que 1, a epidemia tende a acabar, para R(t) maior que 1, a epidemia avança”, explica o Boletim Técnico nº 365.
Apesar de alto, o número dessa sexta é menor que as taxas de transmissibilidade do ano passado. Em março de 2020, o DF chegou a registrar a taxa R(t) em 3,1.
Lockdown
Ainda assim, a sinalização de alta nos casos fez o governo emitir novos decretos, alterando a rotina nas 33 regiões administrativas ao fechar várias atividades econômicas e serviços considerados não essenciais. Medida que o GDF espera refletir nos números de casos registrados da doença nos 15 próximos dias.
A taxa alta de ocupação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que na semana passada chegou a 98%, também preocupa o governo.
“Todos os 60 leitos do Hospital de Campanha de Ceilândia serão transformados em leitos de UTI. Além disso, ampliaremos os leitos de enfermaria do Hran [Hospital Regional da Asa Norte] para melhor atender os pacientes com Covid”, adianta o secretário adjunto de Assistência em Saúde do DF, Petrus Sanchez.