DF: polícia prende trio do PCC por aplicar golpe em clientes de bancos
Os criminosos chegavam a lucrar até R$ 30 mil em finais de semana, enganando vítimas idosas que usavam terminais bancários nas agências
atualizado
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Integrantes de uma organização criminosa ligada à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) foram presos pela Polícia Civil do Distrito Federal aplicando uma série de crimes de estelionato e furto mediante fraude em agências bancárias do DF. O esquema permitia ao grupo lucrar R$ 30 mil apenas em finais de semana. Dois homens e uma mulher foram presos durante a Operação Cartão Trocado, deflagrada pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro).
Durante as diligências, foram presos Danilo Alves de Souza, de 29 anos; Eber de Oliveira, 49, e Larissa Batista de Oliveira, de 25, pelos crimes de tentativa de estelionato e associação criminosa. As prisões ocorreram em uma agência bancária da quadra CLSW 105, no Sudoeste.
Nos quartos do hotel onde o grupo estava hospedado e no veículo utilizado pelos autores, foram realizadas buscas e apreendidas frentes falsas de leitora de cartão bancário, diversos artefatos para fraudar terminais eletrônicos, máquinas de cartão bancário, vários aparelhos celulares, um simulacro de carregador de arma de fogo, relógios, e a quantia de R$ 1,5 mil, em espécie.
De acordo com as investigações, os autores são paulistas e há informações de que o trio faz parte de uma organização criminosa ligada ao PCC. “Eles se deslocaram para o Distrito Federal com o único intuito de aplicar golpes em vítimas, geralmente pessoas idosas, que utilizam os terminais
eletrônicos de agências”, conta a delegada-chefe da 3ª DP, Cláudia Alcântara.
Segundo apurado, após fraudarem os terminais eletrônicos, os criminosos ofereciam ajuda às pessoas com dificuldade em efetuar as transações eletrônicas. Por meio do artifício, eles aplicavam os golpes, gerando altos prejuízos financeiros, tanto à vítima quanto à instituição financeira.
As investigações apontaram, também, que esses golpistas praticavam os crimes durante os finais de semana e feriados, em razão de apenas as áreas de autoatendimento das agências bancárias funcionarem sem a presença do público, funcionários e vigilantes. “Em depoimento na delegacia, um dos autores informou que o grupo conseguia lucrar o valor de R$ 30 mil com os golpes, em cada final de semana”, destaca a delegada.
Os autores também foram autuados por porte de drogas. Eles já possuem antecedentes criminais por estelionatos praticados em São Paulo e no Rio de Janeiro e, ainda, por porte ilegal de arma de fogo.