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DF: pais e babá de crianças foram vítimas de golpe do falso sequestro

Mãe chegou a sacar R$ 3 mil, mas não fez o depósito para os golpistas. Contato com pessoas enganadas foi feito por telefone

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Predio do Cruzeiro Novo 2
1 de 1 Predio do Cruzeiro Novo 2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Uma família do Cruzeiro Novo viveu momentos de pânico nesta sexta-feira (22/2), após ser vítima de estelionatários. Os pais de duas crianças – de 1 e 3 anos – pensaram que elas tinham sido sequestradas. Três horas depois, os pequenos foram encontrados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Segundo o delegado-adjunto da Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS), Luiz Henrique Dourado, o casal e a babá que trabalha na casa foram alvos do golpe do falso sequestro, conforme antecipou o Metrópoles.

Primeiro, os bandidos ligaram para o telefone fixo da família e, com muita habilidade, de acordo com o policial, conseguiram extrair informações da babá, que estava com as crianças na casa, localizada na Quadra 309. Disseram que o pai dos meninos tinha sofrido um acidente. Depois, falaram em sequestro. Alertaram que, para poupar a vida da vítima, ela teria de vender as joias da família.

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Delegado Luiz Henrique Dourado, adjunto da DRS
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Prédio onde mora a família, no Cruzeiro Novo

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Delegado Luiz Henrique Dourado, adjunto da DRS

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A partir das informações colhidas com a moça, ligaram para a mãe das crianças, que estava com amigos em Sobradinho. Foi dito à ela que os filhos tinham sido sequestrados. Desesperada, a mulher seguiu até sua residência, que estava vazia e revirada – a babá havia remexido nas coisas para procurar as joias.

À mãe, os bandidos pediram R$ 10 mil. Como ela pensou que de fato se tratava de um sequestro, foi até a agência Itaú do Sudoeste. Sacou R$ 3 mil, mas a Polícia Civil chegou ao banco e impediu o depósito.

Antes, a babá tinha seguido para o Terraço Shopping de táxi para tentar vender as joias, pensando que o patrão tinha sido sequestrado. “Eles dominaram as duas pontas da situação. Na maioria dos casos, essas ligações são feitas de presídios. Mas ainda não temos essa confirmação”, ressaltou o delegado.

A Polícia Militar foi chamada, no começo da tarde desta sexta (22), para atender a ocorrência. A corporação foi acionada pelo telefone 190 (de emergência), por volta do meio-dia. Do outro lado da linha, o pai dizia que seus dois filhos e a empregada teriam sido sequestrados.

Uma equipe do 7º Batalhão da Polícia Militar (7º BPM) foi ao local. Posteriormente, a moça que cuida das crianças chegou a ser considerada suspeita. Mas, na verdade, segundo a DRS, ela também é vítima. A sua participação no crime está descartada em princípio, de acordo com Luiz Henrique Dourado.

Os policiais militares chegaram a fazer buscas pela região para tentar localizar a babá e as crianças. No entanto, após três horas, elas foram encontradas por uma equipe da DRS. Todos passam bem. “Pegaram uma moça jovem, que não havia sido orientada para a situação delas, e extraíram informações dela com muita astúcia. Em princípio, a participação dela está descartada”, assinalou o delegado Luiz Henrique Dourado.

Outro caso
Nessa quinta (21/2), o desaparecimento de uma criança de aproximadamente 2 anos mobilizou as polícias Civil e Militar durante a tarde e parte da noite.

Segundo informações da PCDF, o menino estava com a mãe em local próximo ao Restaurante Comunitário de Ceilândia, quando ela teve um mal-estar. A mulher pediu a uma conhecida que ficasse com a criança até ela se recompor. Porém, quando procurou pelo filho, não o encontrou mais.

Equipes da DRS foram acionadas e iniciaram a busca, quando descobriram que a Polícia Militar havia encontrado a suspeita com a criança no Parque da Cidade.

Os PMs levaram a mulher e o menor de idade para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), no Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde uma policial deu banho e trocou a fralda do menino.

Ele também foi alimentado e levado ao espaço lúdico da DPCA. De acordo com informações preliminares, a mulher que levou o menino teria problemas mentais. A PM tentou localizar a mãe, que trabalha como vendedora ambulante. Por volta das 19h, ela compareceu à delegacia para buscar o filho.

A ocorrência foi tratada como subtração de menor, sendo a suspeita autuada em flagrante.

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