metropoles.com

DF: pai não sabia que filha atropelada e morta por ex sofria agressões

Morta atropelada pelo ex nessa terça-feira, no Gama (DF), Juliana Barboza Soares chegou a registrar ocorrência contra o criminoso por ameaça

atualizado

Compartilhar notícia

Material obtido pelo Metrópoles
juliana barboza soares mulher atropelada feminicidio ex
1 de 1 juliana barboza soares mulher atropelada feminicidio ex - Foto: Material obtido pelo Metrópoles

O pai de Juliana Barboza Soares (foto em destaque), 34 anos, afirmou que não tinha conhecimento de que a filha era vítima de violência doméstica pelo ex-companheiro Wallison Felipe de Oliveira, 29 anos. A mulher morreu na noite dessa terça-feira (20/8), após ser atropelada três vezes pelo homem. A mãe e a filha de Juliana também foram atingidas pelo carro, mas conseguiram se salvar.

Em conversa com o Metrópoles, José Givaldo Soares, 62 anos, contou que soube do atropelamento da família na madrugada de quarta-feira (21/8).

“Fui acordado durante a madrugada com a triste notícia desse acidente. Só depois que tudo aconteceu que eu soube das agressões que a minha filha viveu nesse relacionamento. Ela nunca contou nada para nós, os pais dela”, disse o aposentado.

Ele detalha ter descoberto que a filha já foi agredida e ameaçada de morte por Wallison.

“Em uma das ocasiões, ele bateu na cara da Juliana e pegou o celular dela. Ela conseguiu medidas protetivas, mas os pais do ex-namorado foram na casa dela e pediram que ela retirasse a decisão judicial, porque prometeram que ele iria melhorar. No fim, ele a matou.”

Enquanto vive o luto pela perda da filha, José Givaldo tem se dividido entre dois hospitais para acompanhar a esposa, Maria do Socorro Barboza Soares, 60 anos, e a neta de 5 anos.

Maria do Socorro está internada no Hospital Regional do Gama. Ela sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e está com um coágulo na cabeça. A mulher aguarda para passar por uma cirurgia.

A filha de Juliana, de 5 anos, foi transferida na madrugada desta quinta-feira (22/8) para a UTI do Hospital de Base. Ela teve fraturas na tíbia e na pelve, e uma perfuração no pulmão devido ao trauma.

7 imagens
Wallison foi preso um dia após o crime
Juliana Barboza Soares havia completado 34 anos no dia em que foi assassinada
Para-brisa de carro do feminicida ficou destruído
Wallison Felipe de Oliveira abandonou veículo e fugiu a pé após matar a ex
Criança de 5 anos ficou ferida
1 de 7

Wallison no momento da prisão

Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)
2 de 7

Wallison foi preso um dia após o crime

Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)
3 de 7

Juliana Barboza Soares havia completado 34 anos no dia em que foi assassinada

Material obtido pelo Metrópoles
4 de 7

Para-brisa de carro do feminicida ficou destruído

Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)
5 de 7

Wallison Felipe de Oliveira abandonou veículo e fugiu a pé após matar a ex

Divulgação/PMDF
6 de 7

Criança de 5 anos ficou ferida

Divulgação/PMDF
7 de 7

14ª Delegacia de Polícia (Gama) investiga o caso

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Filho desaparecido

José Givaldo também contou que está à procura do irmão de Juliana, que está desaparecido há mais de 80 dias. De acordo com ele, o filho Gildevan Barboza Soares, 34 anos, foi visto pela última vez no Guará.

À época do desaparecimento, ele registou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Gildevan. Contudo, desde então, segue sem notícias sobre o paradeiro.

“Eu queria que o meu filho voltasse para comparecer ao enterro da irmã dele. Necessito encontrar meu filho. Já não aguento mais tantas perdas, pelo amor de Deus. Só Jesus na minha causa. Para mim, está muito difícil”, desabafou o aposentado.

Veja fotos de Gildevan: 

2 imagens
Ele é irmão mais velho de Juliana Barboza, que foi vítima de feminicídio
1 de 2

Gildevan está desaparecido há mais de 80 dias

Imagem cedida ao Metrópoles
2 de 2

Ele é irmão mais velho de Juliana Barboza, que foi vítima de feminicídio

Imagem cedida ao Metrópoles

O pai detalhou que Gildevan tem uma tatuagem no braço esquerdo e uma tatuagem na perna com o nome da mãe  – Maria do Socorro.

Quem tiver informações a respeito da localização do irmão de Juliana, pode entrar em contato com o pai deles pelo telefone 61 98267-3605.

Cenas fortes

Quando Wallison atropelou a família, Juliana foi atingida três vezes. O crime ocorreu na Quadra 3 do Setor Sul do Gama. Depois de cometer o feminicídio e as duas tentativas de homicídio, o assassino fugiu a pé.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo Metrópoles mostram o momento em que Wallison vê as vítimas caminharem pela rua. Pouco depois, ele sobe com o carro no meio-fio e as atropela.

Veja o momento do atropelamento: 

 

Depois de atingir o trio, o motorista volta e passa por cima de Juliana mais uma vez. Minutos depois, enquanto testemunhas prestam socorro às vítimas, Wallison volta com o Toyota Corolla e acerta a ex pela terceira e última vez antes de fugir.

O feminicida, que tinha registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), foi preso na tarde dessa quarta-feira (21/8). Com ele, a polícia apreendeu uma pistola e uma espingarda.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?