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DF: pacientes enfrentam longas filas em farmácias de alto custo

De acordo com a Secretaria de Saúde, a demanda aumenta no fim de mês e é ainda maior devido ao feriado de Carnaval

atualizado

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Andrews Nery/Metrópoles
Farmácia de alto custo
1 de 1 Farmácia de alto custo - Foto: Andrews Nery/Metrópoles

Pessoas que precisam de alguma medicação oferecida pelas farmácias de alto custo do GDF estão enfrentando filas nos dois últimos dias. Em Ceilândia, há relatos de longa espera, desde essa quinta-feira (27/02/2020). Assim como na unidade da estação da 102 Sul.

O Metrópoles foi até a Farmácia de Medicamentos Excepcionais (FME), na estação da 102, na manhã dessa sexta-feira (28/02/2020). Cristiana Souza, 43 anos, chegou às 9h ao local. Por volta do meio-dia, ainda não tinha previsão para ser atendida.

“Isso aqui é muito estressante. Acho que a Secretaria de Saúde poderia facilitar construindo mais unidades. Se tivesse alguma em Sobradinho ou Planaltina, seria uma benção. É importante também colocar mais funcionários e os treinar, porque enrolam muito. Não tem força de vontade. E sempre colocam a culpa no sistema”, disse a dona de casa.

A moradora de Planaltina-GO ainda ressaltou que constantemente há casos de falta de medicamentos. “Já vim aqui para buscar remédios e dei viagem perdida. No meu caso isso aconteceu umas duas vezes, mas conheço pessoas que não conseguem pegar os medicamentos porque falta toda hora”, completou.

O motivo para a demora no atendimento seria o fato de, nesta sexta, terminar o prazo para renovação de cadastro nas unidades da farmácia de alto custo para retirada de medicamentos, que passou a contar desde o começo do mês.

“Somos mãe de família, largamos filhos em casa para vir até aqui. Vêm pessoas de muito longe. Têm pessoas até de Formosa (GO), no Entorno do DF. Infelizmente, isso tudo é muito cansativo, um descaso”, disse Silvania de Melo, 40.

Até a última atualização desta reportagem, as senhas distribuídas indicavam 300 pessoas para ainda serem atendidas. Nenhum funcionário da unidade estava organizando a fila.

O problema não é novo. Em novembro de 2028, o Metrópoles mostrou que, apesar das longas filas, nem sempre o medicamento está disponível nas farmácias de alto custo. Um levantamento da Secretaria de Saúde do DF apontava na ocasião que 23 remédios estavam em falta.

O outro lado
A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que, historicamente, a demanda por medicamentos cresce no início e no fim de cada mês. “O feriado prolongado de Carnaval contribuiu para aumentar o movimento na Farmácia do Componente Especializado, na semana passada e também nesta quinta (27/02/2020) e sexta-feira (28/02/2020)”, ressaltou a pasta.

A secretaria ressalta que o atendimento é individualizado, o que pode fazer com o que um único paciente leve mais tempo. “Além disso, são realizadas duas checagens da documentação antes de liberar as substâncias. A medida visa garantir a segurança do paciente, evitando a entrega de medicamentos errados, bem como para prestação de contas de órgãos de controle”, assinalou a Saúde do DF.

 

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