DF ocupa 2º lugar no ranking nacional de violência contra idosos
Segundo estudo da Justiça do DF, violência contra idosos ocorre, principalmente, dentro de casa. Cerca de 60% dos agressores são filhos
atualizado
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A violência contra os idosos segue crescente na capital do país, segundo informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). De acordo com levantamento realizado pelo órgão, o DF ocupa a segunda colocação no ranking nacional desse tipo de crime.
Violência contra idosos aumenta 129% no DF; em 2022, já são 28 vítimas
Durante o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, as denúncias de violência contra idosos tiveram crescimento de quase 100% em comparação aos anos anteriores. E permanece em ascensão também em 2022, segundo o TJDFT.
Em 2020, mais de 2 mil casos foram registrados no DF. Em 2021, houve 1,7 mil queixas.
“Os dados mais importantes revelam que a violência contra a pessoa idosa permanece crescente. A leve queda entre as denúncias realizadas em 2020 e 2021, no entanto, não é suficiente para dizer que houve uma redução no número de agressões contra idosos. Em 2022, o patamar permanece elevado. Então, enquanto a pessoa idosa for descredibilizada e o preconceito etário for tratado como algo comum, essa população continuará vulnerável a todo tipo de violência”, declarou a juíza Monize da Silva Freitas, mestre em gerontologia.
De acordo com o Disque 100, a violência contra os idosos ocorre, principalmente, contra mulheres e dentro do contexto familiar. Em cerca de 60% dos casos, o filho é o principal agressor.
Além disso, ainda segundo os dados disponibilizados pela Justiça do DF, os principais tipos de violência contra essas pessoas, que representam 15,5% da população do Distrito federal, são psicológica, patrimonial e física. Entre as regiões com os maiores índices aparecem Ceilândia, Taguatinga e Plano Piloto.
Dia da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa
O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa é lembrado em 15 de junho, desde 2006, quando foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Em homenagem à data, a Central Judicial do Idoso (CJI) lançou a cartilha “Quem Nunca?”, na qual constam dados estatísticos relativos à violência praticada contra pessoas de 60 anos ou mais no Distrito Federal.
A cartilha busca identificar atitudes preconceituosas contra a população idosa e ajuda a desmitificar mitos e estereótipos presentes no imaginário social acerca da velhice.
O trabalho, de autoria das juízas Monize da Silva Freitas Marques e Christiane Nascimento Ribeiro, está alicerçado na ideia de que a ressignificação da velhice é imprescindível para que se possa construir uma sociedade que respeita e valoriza os seus idosos, garantindo-lhes dignidade, autonomia e independência nessa fase da vida.
“Somente desmistificando situações corriqueiras de práticas discriminatórias pode-se promover a dignidade na velhice. O combate à discriminação etária, também conhecida como ageismo, etarismo ou idadismo, deve ser feito de forma intencional”, ressalta Monize.
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