DF: mulher usava carimbos clonados e receita falsa de 4 hospitais
Mulher presa por falsificar receituários, atestados e outros documentos tinha marcas do HUB e de mais três unidades regionais da capital
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apreendeu 20 documentos falsos com a mulher presa por falsificação de documentos. Investigadores apuram se pelo menos três médicos tiveram o nome usado ilegalmente em atestados e receituários médicos.
Segundo Tiago Carvalho, delegado da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), a suspeita, de 45 anos, tinha em mãos documentos com timbres falsos do Hospital Universitário (HUB) e os hospitais regionais de Planaltina, Ceilândia e Asa Norte. O receituário era para a aquisição de medicamentos tarja preta.
A polícia tem certeza que a golpista teria copiado informações de dois médicos. E investiga se um terceiro também teria os dados utilizados ilegalmente.
A 9ª DP abrirá duas novas investigações. A primeira vai focar nas pessoas que eventualmente teriam usado os documentos falsos. Caso sejam identificadas, poderão responder na Justiça. A segunda será para apurar se a acusada tinha parceiros na falsificação.
Contudo, para o delegado, ela devia agir sozinha. Tiago Carvalho também pretende abrir investigações para ver se existem outras pessoas ou grupos comercializando documentos ilegais no Lago Norte.
Segundo o delegado, a suspeita também ajudou pessoas que não tinham direito a conseguir o Passe Livre para deficientes.
A prisão
A mulher foi detida em flagrante, suspeita de vender atestados médicos falsos e declarações de deficiência para o Passe Livre na região do Conic, no centro de Brasília. A suspeita, cujo nome não foi divulgado, vai responder pelo crime de falsificação de documento público. A pena é de reclusão, de dois a seis anos, e multa.
A prisão ocorreu na sexta-feira (24/01/2020). De acordo com a delegacia, as investigações tiveram início a partir da denúncia de um empresário, que compareceu à unidade de polícia para informar que uma de suas funcionárias apresentou um atestado médico com suspeita de fraude.
Equipe da Seção de Investigação Geral identificou a suspeita de comercializar o atestado médico falso apresentado pela funcionária. Além disso, ela é suspeita de fornecer duas receitas de medicamento controlado — fenobarbital e carbamazepina.
Com a mulher, foram apreendidos receituários médicos de hospitais públicos diversos; formulários de atestados da Secretaria de Saúde do GDF, e de declaração de deficiência; um carimbo de médico; e R$ 242, em espécie.
Na delegacia, a autuada relatou ter na residência — localizada em Águas Lindas de Goiás — outros receituários, formulários de atestados e mais um carimbo falso. Em diligência no local, os policiais apreenderam todo o material ilícito.